terça-feira, 2 de maio de 2017

“COFFEE AND TOAST” É O PRIMEIRO SINGLE DE TOMARA, OBRA A SOLO DE FILIPE C. MONTEIRO

De exercícios filosóficos que se transformam em tratados lançados para o barulho dos nossos dias está o mundo empacotado e a rebentar por todas as costuras que o cosem. Porém, vestimo-nos, se de sapiência formos ricos, do que vale a pena. O Filipe C. Monteiro é todo assim e a sua história é feita dos destinos que considerou, a galope da sua gentileza e temperança individuais, cuidar e tomar com devoção e empenho.

Sempre com a música nos dias, veio o Curso de Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes. A imagem (vídeo) implanta-se nos gostos maiores de Monteiro, passando daí em diante e até hoje a trabalhar com nomes como Da Weasel (já extintos), Paulo Furtado, David Fonseca, Rita Redshoes, António Zambujo e Márcia, realizando videoclipes, Dvd, documentários e desenhando a parte visual de alguns concertos dos artistas supracitados. Concomitantemente, trabalhou como músico (de estúdio e ao vivo), arranjador e produtor de discos de Redshoes – “Golden Era” em 2007 e “Lights & Darks” em 2010 - e de Márcia – “Casulo” (2013) e “Quarto Crescente” (2015), este em co-produção com Dadi Carvalho (Marisa Monte, Tribalistas, Carminho, A Cor do Som, Caetano Veloso...).

A primeira obra a solo aventura-se sob alter-ego Tomara e chamar-se-á "Favourite Ghost". Este “novo eu” de Filipe C. Monteiro não serve trocadilhos, antes balanceamentos pessoais viscerais, oferecidos limpos e a promoverem uma edificação imagética que se desenha com imediatez no nosso corpo.
"Coffee And Toast", a primeira canção revelada, marca de forma segura o ritmo e a pulsação de "Favourite Ghost" . Pontuada por pianos, guitarras lânguidas, uma percussão firme e pausada, a canção narra de forma bela e redentora dias em que a felicidade foi, circunstancialmente, mergulhada num qualquer nevoeiro desordenado e difícil: quase penumbroso. A música salva, esta fá-lo docemente. O amor emerge ressoante.

O videoclipe, realizado pelo próprio, é um primeiro auto-retrato que, servindo a canção, serve simultaneamente para nos apresentar a esta nova fase na carreira de Filipe C. Monteiro.
 

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