segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A VIAGEM INTERIOR DO PROJETO SHANTI














Num mundo onde o stress reina e o universo parecer conspirar contra nós, faltam cada vez mais fórmulas que nos ajudem a repor energias, reencontrar o foco e reestabelecer o equilíbrio mental e psicológico. É aqui que entra o Projeto Shanti com a sua genuína musicalidade.
Da essência de Luís Proença, Xavier Ramos e Diana Ramos nasceu aquele que é um dos grupos mais particulares a sair da cena musical nacional. Quebrando rótulos, misturando referências e combinando sonoridades, levam-nos numa viagem mística com passagem obrigatória pela Índia que tanto os inspira. Apresentam-se ao público com “Viagem”, impactante single, o primeiro a ser revelado do EP homónimo a ser editado brevemente pela Music For All.

O Projeto Shanti nasceu em 2010, tendo como finalidade criar algo diferente através de uma musicalidade original, mantendo uma ligação direta à Poesia Védica (Bhagavad Gita). Entre os fundadores encontram-se Xavier Ramos (sitar, duduk, entre outros), Luís Proença (taças tibetanas e percurssão) e Diana Ramos (tampura e shruti-box). Mais tarde, a formação contou com a participação
de Vítor Agra (poesia) e Paulo Lemos (guitarra portuguesa), durante aproximadamente três anos.
Atualmente, o projeto é composto por três elementos, mantendo o encontro de sonoridades tradicionais de diversas culturas. Comecemos por Luís Proença: nascido em 1981, mostrou desde cedo interesse pelo universo da música. Baterista, percussionista e compositor autodidata, teve a sua primeira banda com 15 anos de vida. Daí em diante, nunca mais deixou a música, viajando entre sonoridades, universos e realidades, alimentando sempre uma forte veia criativa.
A sua vida tem sido uma autêntica aventura: deu aulas de iniciação rítmica a crianças e elaborou sonoridades para companhias de dança contemporânea e teatro, pratica meditação e desenvolve ainda terapia Respiro-Sonora. No Projeto Shanti, participa com djembê, darbuka, udu, sansula, ocean drum, carrilhão, pau-de-chuva, shanti shime, frame drum, shruti-box, taças tibetanas, címbalos, caixa-de-ressonância e voz.

No seguinte vértice, temos Xavier Ramos. A sua entrada no mundo da música acontece aos treze anos, idade em que começa a ter aulas de guitarra com o Professor Carlos Costa. Dois anos depois, ingressa na academia de música S. Pio X, em Vila do Conde, tendo aí o seu primeiro contacto com o sitar e com a música indiana. O contacto foi superficial mas foi o suficiente para despertar um profundo interesse. Assim, pouco tempo depois, adquire o seuprimeiro sitar, dando início a uma viagem que se prolonga até aos dias de hoje. Aos 24 anos dá um novo passo em frente, passando a ser acompanhado pelo Professor Franklin Pereira. No ano seguinte, viaja para a Índia, país em que dará continuidade aos estudos de música hindustânica. Atualmente, integra o Projeto Shanti, sendo ainda praticante de yoga.

Diana Ramos completa esta equação. Nasceu em 1983 e tem a particularidade de ser irmã de Xavier Ramos, outro dos membros do Projeto Shanti. Iniciou os estudos musicais em 2004, aprendendo a tocar violino, tendo-se focado posteriormente na gaita-de-foles. Encara o Médio Oriente como uma segunda casa, ou mesmo uma primeira se considerarmos como casa espiritual. Mas voltemos a 2004, ano em que realizou uma viagem que a mudaria para sempre.
O destino foi, claro... a Índia. Essa experiência verdadeiramente transformadora despertou a vontade por uma vida mais espiritual, consciente e justa. Em conjunto com o irmão Xavier e o Luís Proença acaba por fundar o Projeto Shanti, tocando shruti-box e tampura, instrumentos indianos que permitem uma sensação de total relaxamento, evocando sempre a união com o universo e a harmonia.

É do espírito destes três seres maiores, amigos de longa data, que nasce o Projeto Shanti. Para 2018, estão guardados grandes voos: um EP de estreia, homónimo, registo que será editado pela Music For All e através do qual se vão dar a conhecer junto do público português.

Sem comentários: