"Nunca Mais é Sábado", pode ser ouvido aqui: https://ffm.to/zxpqa9l
Vila Martel é um projeto de indie rock cantado em português.
Afonso Alves (bateria), Francisco Botelho (guitarra), Francisco Inácio (guitarra), Rodrigo Marques Mendes (voz e guitarra) e Tiago Cardoso (baixo), são os mais recentes cinco integrantes do universo que é a música cantada em portugês.
O primeiro álbum da banda, que vai para as lojas ainda este mês, foi gravado entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Constituído por 8 temas, compostos por instrumental e voz, todos os instrumentos presentes neste projeto foram gravados pelos membros dos Vila Martel. Os teclados colocados como plano de fundo, e as guitarras com maior destaque, são a prova de que o indie rock ainda pode ser feito de amplificadores barulhentos e vozes berradas.
Começando sempre pelo instrumental, a base musical evolui até ao trautear de melodias, que posteriormente se transformam na base para a escrita das letras. Não havendo uma narrativa definida, existe uma temática comum entre todas as músicas do álbum: a ânsia que estes rapazes têm de procurar uma vida com significado.
Devido a uma sonoridade tão caracteristicamente portuguesa, o título do disco de estreia tinha de estar de alguma forma ligado ao universo linguístico e à tradição: e nada representa melhor o ser-se português do que um ditado popular.
Desta correria do dia-dia, criou-se a associação a “Nunca Mais É Sábado”, um provérbio que está ligado ao cansaço que a semana traz e que leva a desejar a chegada do dia de descanso. Este longa-duração é esse dia de descanso, um desabafo em que se cantam as alegrias e as amarguras da vida; é um momento de paragem para avaliar o percurso que se viveu, que serve para olhar para dentro de forma a traçar um futuro mais risonho.
Foi do ritmo alucinante em que vivem a presente fase da vida, que surgiu o nome do disco. A procura de uma vida profissional de sucesso, a par com a realização pessoal, a falta de oportunidades em Portugal e a partida para o estrangeiro ou as relações amorosas e os desgostos que delas surgem. Todos estes temas tão presentes no quotidiano dos jovens-adultos, são explorados pelo quinteto lisboeta ao longo da viagem a que se propõem, através da escuta das canções que compõem este disco.
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