Colaboração traz faixa que será parte do primeiro disco de giant, previsto para 2021
Faz-se silêncio e sente-se a dormência do espírito. A calma cínica e a tranquilidade de um embriagado amor, viciado, temido pela solidão e arrogância de um compromisso que, nefasto, destruiu a sobriedade de mais um apaixonado que só viu ingratidão e desprezo. “Já Nem Sei” retrata o desespero e, consequentemente, o cansaço de um amante que, passo a passo, perde a fé nos compromissos, na sua identidade e na reciprocidade amorosa.
A sonoridade que “Já Nem Sei” nos apresenta é algo inventivo. Não abdicando do seu lado Pop (na sua vertente mais indie, certamente), o mesmo tema introduz-nos a um universo fadista, pela interpretação característica de Firgun, assumindo uma simbiose amavelmente expressiva, pela abordagem arrojada (fruto da nova sonoridade da música brasileira) que nos chega pela voz de giant. Importante será compreender que o resultado, como um “novo pop” em português, surge pela experiência da distância entre ambos, sendo que todo o trabalho desenvolveu-se digitalmente, compreende-se (também) que o desafio atingiu novas proporções, visto que os artistas não se conhecem pessoalmente. Podemos confirmar que o carácter mais “experimental” e inovador do tema nasce pela exploração de todo um novo método de trabalho.
O tema nasce com o riff de guitarra de Firgun, tendo giant desenvolvido toda a dinâmica instrumental pela sua impactante produção (talvez uma das grandes imagens de marca do artista). Com o desenvolvimento do mesmo, os primeiros passos para a construção da letra começaram, sendo que os vocais de Firgun foram captados (posteriormente) pela mão de SO-LU. A mistura e a masterização ficaram ao encargo de Prisma (Sine Factory).
“Já Nem Sei” é lançada após “Naquela Manhã” e “Tarde”, primeiras músicas que giant revela de seu novo projeto. A distribuição digital é pela Altafonte. “Esse projeto é a minha tradução e materialização de tudo que tem sido destes dias, horas, minutos e segundos todos”, conclui.
Quanto a Firgun, após o sucesso estrondoso de “Mandrião”, o mesmo decidiu mudar o rumo da sua sonoridade, tendo tomado a decisão de trabalhar um novo álbum orgânico, que será apresentado em 2021. Em 2022, será lançado um outro álbum com uma abordagem eletrônica, esperando-se que “Já Nem Sei” seja integrado no mesmo. “Chegou a hora de mostrar ao país porque sou um dos artistas mais promissores da música portuguesa, seja pela minha versatilidade sonora, seja pela minha abordagem lírica”, rematou o músico
Sobre giant
O nome – pronunciável tanto como “gigante” em inglês quanto como “gian-tê” – é o pseudônimo de Giancarllo Torres, cantor, compositor e produtor musical. Nascido em São Paulo, mudou-se para a Espanha aos nove anos. Iniciou os estudos de canto e guitarra em 2006 e dedica-se a eles desde então, seguindo na formação em Produção e Composição Musical (na capital paulista) e Music Business (em Portugal, onde reside desde 2018). Teve pelo menos três projetos musicais ao longo da vida, sempre muito influenciados pela música eletrônica e suas sinergias. Prevê para 2021 o lançamento de seu primeiro disco solo.
Sobre Firgun:
Exportada de Israel, Firgun é uma expressão do léxico hebraico moderno utilizada para nomear aquele sentimento tão puro e desprovido de inveja de orgulho e satisfação pelas conquistas de outrem. Lécio Dias, um jovem músico de 21 anos de Santa Maria da Feira, procura concretizar através da sua voz, em palco ou na saída de som de uns quaisquer auscultadores, esse conceito cujo nome não existe no nosso dicionário. Nas suas canções, especialmente as dedicadas a amores passados e futuros, manifesta inequivocamente o seu profundo desejo de ver quem lhe quer ou quis bem a suceder e, sobretudo, a encontrar a felicidade.
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