É comum idealizar a viagem como uma forma de evolução ou elevação — em “Rir e voltar” viajamos até ao imaginário poético, de Captain Boy, sobre o sentido da vida, e da importância de sair da nossa zona de conforto, numa Era em que a criatividade ficou privada entre quatro paredes. Viajar é cuidar do nosso bem-estar mental, é um alívio de stress, de ansiedade, é a gravação de novas memórias e sobretudo, é o desenvolvimento criativo e aumento da capacidade de adaptação. Viajar pode e deverá ser o simples facto de nos perdermos, várias vezes, até que nos voltemos a encontrar no tempo certo. Bruno Carreira cede as imagens e Captain Boy empresta a voz e a melodia, no fecho de um capítulo escrito no rebentar de uma pandemia. “Rir e voltar” é a descrição de uma jornada sobre o que faz de nós melhores seres humanos. É um despertar de valores, pensamentos e histórias que vão acontecendo na hora certa e no tempo devido. Viajar para dentro de nós exige coragem, que falha mais vezes do que as que conseguimos controlar, e é, sem dúvida, a melhor viagem que podemos fazer na vida. Temos que perder o medo do que virá. O recomeço só é um problema quando tentamos prever o futuro, mas todas as possibilidades de futuro acontecem a cada segundo. Não há nada a temer.
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