sexta-feira, 28 de maio de 2021

PEDRO BRITO LANÇA NOVO TRABALHO DE ESTÚDIO “SE DEUS QUISER”






















Pedro Brito, nome incontornável do cancioneiro português, autor de muitos dos temas que os portugueses tão bem conhecem, acaba de lançar o seu mais recente trabalho de originais, o EP “Se Deus Quiser”. O sétimo trabalho de estúdio do músico e compositor está a partir de hoje nas plataformas digitais mas também em formato vinil, disponível nos locais habituais.

O novo EP de Pedro Brito é um projeto instrumental de sua autoria, interpretado por uma nova geração de músicos, João Rato na Viola e Piano, Nuno Oliveira no Contrabaixo e Diogo Duque no Flugel, Trompete e Flauta Transversal, com produção de Pedro Vaz. Composto por quatro temas autobiográficos que percorrem imagens recorrentes de vida, memória e caminho, numa expressão partilhada sem heterónimo. Representa o regresso às origens de Pedro Brito, aos anos sessenta, à Bossa Nova, ao Jobim, João Gilberto, passando pela Pop britânica, e a toda a influência permanente da música Jazz, incluindo a geração atual de músicos portugueses.

Pedro parte em procura de encontrar uma linguagem mais transversal ao património cultural, geográfico e histórico português. Gravado entre julho e setembro de 2020, a partir da casa e estúdios de cada um dos músicos, escolhidos pela sua capacidade de interpretação e improvisação pessoal de cada tema, sem nunca perder o conceito original de harmonia. “Se Deus Quiser” é o regresso, o novo princípio de Pedro Brito, depois de um longo período de confinamento, físico, nunca criativo.

A história da música portuguesa é feita de pequenas grandes histórias, não só das que todos conhecem, mas também das que merecem ser revividas, por serem de todos. Pedro Brito é nome incontornável do cancioneiro português, nascido em 1953 é compositor de músicas interpretadas por Carlos Paião, Rui Reininho, Dulce Pontes, Rita Ribeiro, Francisco José, Nicolau Breyner, Kris Kopke, Doce, Paulo de Carvalho, Jorge Palma, Simone de Oliveira, entre tantos outros… Foi compositor de inúmeros temas em conjunto com o irmão Tozé Brito, para vários artistas com participações em diversos Festivais como com À Tua Espera, que Simone de Oliveira interpretou no Festival OTI da Canção 1980 ou Ana (Meu Amor), que Paulo de Carvalho cantou no Festival de Viña del Mar, no Chile no mesmo ano. Foi também compositor de muitos dos temas das Doce - Bem Bom; É Demais; Doce; Eu Sou… e ainda do tema principal da série Zé Gato, para a RTP em 1979.

Estudou música e composição na Academia de Amadores de Música de Lisboa, com o Professor Pineiro Nagy e na década de 70 editou dois discos a solo, dois EPs em 1971 e 1978, e outros dois com o duo Pedro & Maria, em 1977. Participou como compositor cinco vezes no Festival da Canção. A primeira em 1979, onde alcançou o 4º lugar como compositor do tema Novo Canto Português, com letra e interpretação de Tozé Brito. Voltou no ano seguinte, como compositor e intérprete do tema Era, com letra também de Tozé Brito, e nesse ano compôs o tema Doce que as Doce interpretaram ficando em 2º lugar. Em1982 alcançou a vitória do Festival com o tema Bem Bom, cantado pelas Doce, numa parceria na letra e música sua, de Tozé Brito e António Avelar de Pinho. A sua última participação no certame foi no Festival da Canção 2010, como compositor do tema Amar (Vieste Para Me Salvar), com letra de Pedro Vaz e interpretação de Nuno & Fábia.

Um hiato na música, desde os anos 80 por se dedicar à área financeira, depois de uma formação especializada em Londres, é quebrado em 2005 com o projeto “Novo Canto Português”, que acompanhou de perto a evolução da mais tradicional música portuguesa - Fado - com uma nova abordagem inimista através da acústica de quatro instrumentos (guitarra, violoncelo, contrabaixo e acordeão). Em 2008 edita o segundo volume do “Novo Canto Português”, com a premissa inabalável de que a tradição da música portuguesa tem de se encontrar no eco de autores como Paredes e Afonso. Pedro Brito assume que o maior prazer que tira da música é ver as suas criações interpretadas por outros. Daí este trabalho contar com a participação especial de dois nomes: por um lado, a guitarra inconfundível e apaixonada de Pedro Jóia; por outro, a revelação do cantor Diogo Tavares, com a produção de Ramón Galarza e uma harmónica esvoaçante de Rui Veloso no tema 'Perto ou Longe’.

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