O Prémio Carlos Paredes 2020 foi atribuído ao álbum "Zeca", de Pedro Jóia, anunciou hoje a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).
O prémio, com o valor pecuniário de 2.500 euros, foi instituído pela Câmara de Vila Franca de Xira, tendo o júri sido constituído pelo escritor José Jorge Letria, presidente da SPA, pelo autor Pedro Campos, administrador da SPA, e pelos músicos Renato Júnior e Rui Filipe.
Segundo a SPA, o júri destacou a "qualidade" do álbum, publicado em maio do ano passado.
Esta é a segunda vez que Pedro Jóia é distinguido com este galardão, uma vez que, em 2008, o recebeu pelo álbum "À Espera de Armandinho". Neste trabalho Pedro Jóia interpreta 12 composições de Armando Augusto Freire (1891-1946), nomeadamente "Ciganita", "Fado Magioli" e "Pinoia de Alfama".
Em declarações à agência Lusa, nas vésperas da saída do álbum "Zeca", Pedro Jóia apontou José Afonso (1929-1987) como "uma referência", sendo este um projeto no qual "pensava há muito".
"O Zeca foi sempre uma referência para mim", disse o músico, que contava "cerca de 16 anos" quando José Afonso morreu.
A decisão de gravar o álbum foi incentivada pelo músico Fausto, que tocou com José Afonso e que lhe terá afirmado que "José Afonso iria gostar muito", contou Jóia.
Pedro Jóia disse à Lusa que o "principal desafio foi manter a verdade da música do Zeca, mantendo a sua simplicidade, sem artifícios e não a ornamentar demasiado, guitarristicamente".
O Prémio Carlos Paredes foi instituído em 2003 pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, e tem como objetivo homenagear o músico Carlos Paredes (1925-2004), distinguindo "trabalhos discográficos de música, nomeadamente a de raiz popular, que tenham sido editados no ano anterior a cada edição", segundo a autarquia.
O ano passado o prémio foi atribuído à Companhia do Canto Popular, pelo álbum "Rebento".
O Prémio Carlos Paredes 2020 será entregue a Pedro Jóia em data a anunciar pela autarquia.
NL // TDI
Lusa/Fim
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