terça-feira, 30 de novembro de 2021

DARKSUNN REVISITA “ALMADA VELHA” EM NOVO ÁLBUM


 



















A 2 de Dezembro, o produtor e DJ almadense lança “Almada Velha” o seu 4º longa duração: uma viagem que é também uma carta de amor à zona velha da cidade rainha a sul do Tej0

Com quase 20 anos de carreira atrás dos decks ou na linha da frente das batidas, DarkSunn - produtor e DJ natural de Almada - chega em Dezembro com o seu sexto trabalho a solo. “Almada Velha”, o álbum de 15 faixas que o músico fundador da Monster Jinx construiu, é uma carta de amor à cidade que o viu nascer e, em particular, à zona velha da cidade. A electrónica e o hip-hop das batidas particulares do músico andam em passeio pela histórica Rua Capitão Leitão, contribuindo para colocar em evidência um “relicário dos sítios e situações que a cidade me proporcionou”, nas próprias palavras do produtor.

“É um carta de amor que também é uma vénia à cidade e uma tentativa de dar de volta, sem cair nos lugares comuns de samplar os seus sons ou de quem lá vive”, avança. Num registo onde se percebe um agravar da maturidade quando à luz de outros projectos, o produtor chega com um trabalho ora smooth, onde as batidas jazzy parecem ser rainhas, ora entrecortado pelas sonoridades mais clássicas e frenéticas do hip-hop old school. O dinamismo e a movida da Capitão Leitão descobrem-se em faixas como “Tasca do Cão”, “Gandim” ou “Ponto”, a referência ao famoso espaço de reunião, Ponto de Encontro, enquanto que a nostalgia e sobriedade encontradas em “3 shots”, “Almada” ou “Boca de Vento”, nos levam em viagem pela adolescência e primeiros anos da idade adulta do músico.

“Enquanto que a “3 shots” é uma reminiscência de um bar onde íamos muito, já a “Petisqueira” faz referência ao lugar onde, a altas horas da madrugada, conseguíamos acabar por comer algo, onde apenas se entrava tocando a uma campainha quase invisível”, explica o músico. Repleto de memórias e ensinamentos, “Almada Velha” é um manual para entender as vivências do produtor mas, também, para fazer um recorte sentimental de toda a cultura alternativa que fazia e faz a cidade, e o músico, vibrar. “A Gandim, por exemplo, faz referência à Gandaia, uma antiga loja de skate e pólo cultural da cidade que, posteriormente, viu nascer uma marca de skate de nome “Gandim” pela mão do Roka, que viria a tornar-se um dos meus mentores nesta ideia da comunidade e de dar motivação e confiança a quem estava a começar”, aponta.

Quase totalmente a cargo de DarkSunn, “Almada Velha” recebe ainda o rapper J-K para participar na faixa de saída, “Cacilheiro”, uma remistura da incontornável “Almada”, onde os broken beats mais clássicos de DarkSunn se unem à guitarra, aos sopros e aos acordes graves do piano.

Um inédito passeio pela cidade, uma carta de amor, um manual de sobrevivência à nostalgia e às memórias, um relicário, assim é “Almada Velha”. O LP com 15 faixas, o 5º do produtor com selo da Monster Jinx, chega a 2 de Dezembro a todas as plataformas e muito em breve em Vinil.

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