Aline Frazão está de volta aos discos com “Uma Música Angolana”, um trabalho cálido, vibrante e que materializa o regresso ao som colectivo de banda. Depois de "Dentro da Chuva", um álbum a solo num tom mais introspectivo, o disco editado hoje é cheio de vitalidade e rico em sonoridades.
“Uma Música Angolana” é o quinto disco da cantora, compositora e produtora angolana, e navega entre vários ritmos de matriz africana, como a Massemba e o Kilapanga de Angola, o Batuku de Cabo Verde, o Soukous do Congo, o Afoxé e o Maracatu do Brasil - desconstruídos, reinventados, reivindicando-se aqui não só a origem comum a todos eles, mas também imaginando uma sonoridade nova de fronteiras perdidas, que se consolida sobre uma espécie de pátria imaginária feita de memória.
O disco conta com a participação do artista angolano Nástio Mosquito, do cantor brasileiro Vítor Santana e da violoncelista alemã Susanne Paul. Brisa Marques assina uma letra para melodia composta por João Pires, e o fadista Ricardo Ribeiro compôs uma canção para poema de Pedro Homem de Melo. Recupera ainda uma canção de Paulo Flores, com novo arranjo.
A produção ficou a cargo de Aline Frazão, que acompanhou o processo a cada momento, criando um álbum revelador da sua genialidade e singularidade.
No dia em que é editado o disco, Aline Frazão estreia também o videoclipe do tema "Luanda", que espelha uma dualidade de sentimentos daquela que é a sua cidade.
Luanda,
Já não sei em que metade acreditar
Quem vem do sul pode ver
De um lado, teu recorte elaborado, na fronteira com o mar
És a mais bela varanda de deus
De outro lado, o teu lar abandonado à sua sorte
Rezando pra enganar a fome e a morte
E eu queria tanto te romantizar
Musa, deixa-me (querer) ficar em ti
Aline Frazão dá inicio à tournée de "Uma Música Angolana", que chega a Portugal no dia 26 de Março no Auditório de Espinho e a 20 de Abril em Lisboa, no Teatro Maria Matos. A par deste espectáculo está em digressão internacional com a Companhia Delbono com o espectáculo teatral “Amore”, do italiano Pippo Delbono.
"De todos os meus álbuns, este é talvez aquele ao que mais me dediquei como produtora musical na fabricação de uma sonoridade de fronteiras perdidas, mas ao mesmo tempo profundamente angolana. Reafirmar a minha paixão pelos ritmos de origem africana espalhados pelo mundo, reinterpretando, desconstruindo e inventando sem pudor, é certamente uma das minhas motivações. UMA MÚSICA ANGOLANA sou eu, também. UMA MÚSICA ANGOLANA é um universo sonoro possível de misturas e improvisações livres, dançadas numa batida que vem de dentro, de dentro do sentimento. Porque religar é preciso. Celebrar é preciso, apesar de tudo. Porque há coisas que a gente só entende com o corpo."
Aline Frazão
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