"Ao Sol" evidencia desde logo uma mudança na escolha da língua – se no álbum de estreia, "Favourite Ghost" (2017), o inglês era a base das suas letras, “Ao Sol” e o álbum que antecipa foi escrito em português. Para os mais atentos, a edição, no entretanto, de uma versão caseira de “Dias incertos” já antecipava esta escolha
"Ao Sol" revela ainda uma evolução na sonoridade, com a introdução de elementos associados à estética electrónica, ainda que não se desvinculando da folk e do som da guitarra, o seu instrumento de origem. Saliente-se, igualmente, um reforço na componente rítmica, conjugando com habilidade as batidas virtuais com a bateria de Nuno Sarafa, músico convidado neste novo disco.
“Ao Sol” está disponível, desde hoje, nas principais plataformas digitais e é a primeira revelação de “Avalanche” que será editado depois do Verão. A acompanhar a publicação de “Ao Sol”, um videoclip editado e realizado pelo próprio, com a participação da bailarina Ana Sofia Leite.
“Ao Sol” é a canção que tem a energia certa para mostrar um pouco do que será o meu novo disco, que será editado este Outono. É um disco assertivo, com nervo e com uma pulsação segura. Mantenho o olhar contemplativo, que me define enquanto autor, mas vou perdendo o pudor de assumir que tenho nas mãos o dom de mudar o que não me faz sentido.
Cantar em português talvez seja um aspecto que confere assertividade às canções, já que me incita a um discurso directo e significativo. Foi um passo importante e algo quase paradoxal. Durante a pandemia, numa altura em que globalmente estávamos unidos e síncronos, senti a urgência de falar com quem estava mais perto. Só me fez sentido escrever em português.
Sobre TOMARA
TOMARA é o nome que Filipe C. Monteiro escolheu para o seu projecto individual. Músico, produtor e realizador, colaborou com diversos artistas (Sérgio Godinho, Luísa Sobral, Da Weasel, Márcia, The Legendary Tigerman, David Fonseca, Rita Redshoes, António Zambujo, Carlão e tantos outros) realizando videoclips, documentários ou até mesmo a componente cénica dos seus concertos.
Como músico, participou em trabalhos de estúdio e ao vivo de Deolinda, Samuel Úria e Carminho: co-produziu os discos de Rita Redshoes “Golden Era” e “Lights & Darks". Desde 2013 que é músico e co-produtor de Márcia, tendo colaborado nos discos “Casulo”, “Quarto Crescente”, “Vai e Vem” e “Picos e Vales”.
No final de 2017 assinou o seu primeiro trabalho sob o nome TOMARA. “Favourite Ghost” foi elogiado pela crítica, tendo integrado várias listas de “melhores discos do ano”. Os singles “Coffee and Toast” e “For no Reason” figuraram em inúmeras playlists e tops de rádios nacionais.
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