segunda-feira, 28 de novembro de 2022

FESTA DO JAZZ FAZ 20 ANOS

 














FESTA DO JAZZ: PROGRAMA COMPLETO E PASSES ESPECIAIS À VENDASÉRIE LIMITADA DE PASSES: 20 ANOS, 20 EUROS, 20 CONCERTOS + LIVRO FESTA DO JAZZ

SALVADOR SOBRAL E TRILOK GURTU INTEGRAM CARTAZ

16 A 18 DE DEZEMBRO NO CCB, PICADEIRO DO ANTIGO MUSEU DOS COCHES E LER DEVAGAR

Já é conhecida a programação completa da edição especial de celebração dos 20 anos de Festa do Jazz.

Além dos já anunciados Salvador Sobral (que faz questão de interromper o seu retiro para marcar presença na Festa do Jazz) e de Trilok Gurtu (com João Paulo Esteves da Silva, Yuri Daniel e improvisadores portugueses) há muito mais propostas irresistíveis, para, entre 16 e 18 de dezembro, atrair os fãs tanto no CCB como no Picadeiro do Antigo Museu dos Coches e Ler Devagar (detalhe em baixo).

No que diz respeito a bilhetes, a ideia da criação de um lote especial de passes pretende privilegiar os maiores fãs da Festa com uma oferta sem precedentes a quem se apressar e comprar já os seus bilhetes. Nos 20 anos da festa, por apenas 20 euros, os primeiros fãs a comprarem o passe terão acesso a todos os concertos, mais de 20, e ainda recebem o livro Festa do Jazz.

Os passes – série limitada - estão à venda na bilheteira do CCB e em ticketline.sapo.pt.

Com esta edição de 2022 do maior festival português de jazz feito por portugueses, cumprem-se 20 anos sem interrupções, reunindo diferentes públicos, agentes, promotores, investigadores, músicos profissionais e estudantes de jazz de todo o país, entre muitos outros.

FESTA DO JAZZ 20 ANOS – A FESTA DO JAZZ POR CARLOS MARTINS

"Compreender a Festa do Jazz (FdJ) é determinante para compreender o jazz nas últimas décadas em Portugal, nomeadamente nos últimos 20 anos. Por isso fizemos um livro, editado em 2020 -única edição do género em Portugal- dos últimos 20 anos, sobre os universos, pessoais e colectivos, criados e/ou estimulados pela Festa.

Mas explicar tudo o que foi feito nos últimos 20 anos poderia ser, além de extenso, um exercício fútil discorrendo números e impactos que não serão nunca tão importantes como a visão qualitativa e simbólica dos inúmeros encontros e criações feitas pelos músicos portugueses de Jazz que são o centro da Festa. Foram estes músicos que iniciaram a internacionalização do Jazz que se faz em Portugal bem como os caminhos da pedagogia.

Por isso prefiro, enquanto diretor artístico, sublinhar algumas ideias e práticas essenciais à FdJ que são importantes para a comunidade de músicos que, entretanto, se consolidou em Portugal. A criação de comunidade e a sua sustentação, sublinhe-se, foi o nosso maior contributo, enquanto parceiro de uma rede, antes informal, de músicos, promotores, investigadores, jornalistas, professores, entre outros, abarcando um conjunto de vozes diversas, com diferentes experiências e papéis em diferentes contextos.

Neste prisma a Festa tem sido ao longo de 20 anos claramente o maior e mais completo observatório do jazz feito em Portugal criando momentos únicos de revelação de novos talentos e de novas propostas de músicos consagrados. É desde sempre o espaço aglutinador ao promover um encontro nacional anual, criando redes, formais e informais, apostando na criação, na improvisação, na pedagogia e na troca de saberes dos envolvidos, incluindo os jovens das escolas de jazz nacionais. Do Concurso Nacional de Escolas (de Jazz) têm saído, desde há 19 anos, a maioria dos grandes músicos actuais que por sua vez vêm iluminando os caminhos futuros da música improvisada feita em Portugal, e agora na Europa.

Por outro lado, e cumprindo a vocação da Festa, a programação reuniu e reúne as mais variadas tendências da música improvisada portuguesa estando atenta aos aspetos inclusivos. Por isso passados 20 anos e nesta edição que celebra este aniversário, a inclusão de mulheres no programa em quase 50% dos grupos programados é para nós indissociável da luta que todos temos de travar para chamar mais mulheres ao jazz português que ainda é muito machista, como o resto da sociedade. Não é por isso inocente a nossa vontade de continuar a estimular outros festivais a fazerem o mesmo. Deve ser dito que não se podem “inventar” mulheres no jazz quando não existem nas escolas, nos grupos e na comunidade. O caminho é longo e de difícil percurso devido a questões culturais que, neste e noutros temas como o colonialismo ou o racismo institucional, por exemplo, contribuem para uma maior periferia portuguesa na Europa, além da geográfica. Mas haveremos de conseguir.

Foi também para encurtar essa periferia, física, cultural e psicológica que a Sons da Lusofonia/Festa do Jazz tem trabalhado estrategicamente na Internacionalização do Jazz português. Para tal realizou em Lisboa em 2018, com a Europe Jazz Network, a Câmara Municipal de Lisboa e o Centro Cultural de Belém, a primeira conferência europeia de Jazz em Portugal (European Jazz Conference) em que finalmente os músicos de jazz portugueses foram apresentados à elite europeia de jazz, de forma cuidada e estratégica, que trouxemos a Lisboa. Por fazer parte da Rede Europeia de Jazz há mais de 10 anos, a Festa do Jazz reuniu a documentação necessária para criar recentemente, com vários parceiros nacionais, a primeira Rede Portuguesa de Jazz – Portugal Jazz – nome sob o qual foi programada a primeira embaixada de jazz levando, desta vez, as mais importantes entidades do Jazz nacional à maior feira mundial de jazz – Jazzahead! em Abril deste ano.

Embora de carácter nacional a FdJ continua estes caminhos promovendo o encontro de portugueses com músicos europeus, como fazemos nesta edição da Festa. Além de nacional, a Festa é um festival de Lisboa, cidade que o acolhe e projecta. Por isso queremos convidar os Lisboetas que tanto nos têm dado a vir viver connosco esta celebração dos 20 anos e por isso convidamos a cidade e os lisboetas no primeiro dia de concertos, dia 16 de Dezembro, no Grande Auditório do CCB, a estarem connosco.

A Festa do Jazz é, pelos confrontos e celebrações que fomenta, um lugar de verdadeira alegria. Nesta edição dos 20 anos as surpresas serão muitas e imperdíveis. Vejam o programa e venham fazer a Festa connosco."

Carlos Martins

PROGRAMAÇÃO

CENTRO CULTURAL DE BELÉM

Dia 17 de Dezembro - Pequeno Auditório

16h30

Nazaré da Silva Quinteto (PT)

Nazaré da Silva, voz
João Almeida, trompete
Bernardo Tinoco, saxofone
Zé Almeida, contrabaixo
João Pereira, bateria

17h30

Hugo Carvalhais “Ascetica” (PT/FR/LT)

Liudas Mockunas, saxofone tenor, sopranino e clarinete
Fábio Almeida, saxofone tenor e flauta
Fernando Rodrigues, órgão hammond e sintetizador
Gabriel Pinto, órgão hammond
Hugo Carvalhais, contrabaixo
Mário Costa, bateria

21h00

Salvador Sobral e Marco Mezquida – Cosa de Dois (PT/ES)

Salvador Sobral, voz
Marco Mezquida, piano

22h00

Prémios RTP/Festa do Jazz 2022
com João Almeida e Carlos Martins

22h30

Lantana (PT/PL/SE)

Maria Radich, voz
Anna Piosik, trompete
Helena Espvall, violoncelo
Joana Guerra, violoncel
Maria do Mar, violino
Carla Santana, electrónica

Dia 18 de Dezembro - Pequeno Auditório

16h30

JAZZOPA (PT/ESP/BR)

Cádi, rapper
Noiatt, rapper
May, rapper
Mateja Dolsak, saxofone
Mariana Trindade, trompete
Tom Maciel, piano e teclado
Zé Almeida, baixo elétrico
Miguel Fernández, bateria

17h30

Joana Raquel e Miguel Meirinhos “Ninhos” (PT/ARG)

Joana Raquel, voz, letras e composição
Miguel Meirinhos, piano e composição
Demian Cabaud, contrabaixo

João Cardita, bateria

21h00

Perselí (PT/STC/MX)

Fuensanta Méndez, voz e contrabaixo
Alistair Payne, trompete
José Soares, alto saxofone

22h00

Prémios Lurdes Júdice - Encontro Nacional de Escolas

22h30

Marques/Cabaud Quarteto (ARG/PT/USA)

Gonçalo Marques, trompete
Bram de Looze, piano
Demian Cabaud, contrabaixoJeff Williams, bateria

PICADEIRO DO ANTIGO MUSEU DOS COCHES

Dia 17 de Dezembro
 

15h00

Debate “Cultura e Cidadania: Improvisação é Inclusão”

c/ Andreia Monteiro, Dougie Knight, e Joana Machado

Programação gratuita.

16h00 - Encontro Nacional de Escolas

Programação gratuita.

Conservatório - Escola Profissional das Artes da Madeira – Eng. Luiz Peter Clode

Vitor Fernandes, saxofone alto
Beatriz Dória, piano
Emanuel Inácio, contrabaixo
Afonso Teles, bateria
Professor: Francisco Andrade

Escola de Jazz Luiz Villas-Boas - Hot Clube de Portugal

Ana Silva, flauta
Henrique Pinto, trompete
Mariia Soeiru, piano
Miguel Jorge, baixo
Raul Areias, bateria
Professor: Gonçalo Marques

JAM - Jazz Academy of Music

Beatriz Duarte, flauta
David Rodrigues, trompete
Francisco Van Epps, guitarra
Lourenço Lúcio - guitarra
Vítor Carvalho, baixo eléctrico
Nuno Jorge, bateria
Professor: Nuno Ferreira

ART'J - Escola Profissional de Artes Performativas da JOBRA

Ana Santiago, voz
Joshua Souza, saxofone
Rúben Rosa, trompete
Bernardo Barreira, guitarra
Afonso Figueiredo, baixo elétrico
Elijah Saxton, bateria
Professor: João Freitas

Universidade Lusíada de Lisboa

Sofia Costa, voz
Diogo Flosa, guitarra
Pedro Lopes, piano
Pedro Matos, baixo
Gonçalo Albino, bateria
Professor: Nuno Costa

Dia 18 de Dezembro

15h00

Debate “O Som de Lisboa: territórios acústicos e cidade”

c/ Mestre André, Pedro Campos Costa e Carlos Martins

Programação gratuita.

16h00 - Encontro Nacional de Escolas

Programação gratuita.

Escola de Jazz do Barreiro

David Fernandes, voz
Lúcia Bartolomeu, voz e teclado
Paulo Lopes, saxofone
Cláudia Gonçalves, piano
Jorge Vasconcelos, baixo
Tiago Monteiro, bateria
Professor: José Soares

Escola Básica e Secundária da Bemposta

Salomão Boechat, saxofone Alto
Isaac Krasmann, guitarra
Samuel Miranda, baixo
André Rocha, baixo
Pedro Ramos, bateria
Professor: Vitor Guerreiro

Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra

Pedro Martins, vibrafone
Vicente Pechorro, piano
Santos, guitarra
Tiago Fernandes, baixo
Íris Valente, bateria
Professora: Andreia Santos

Escola Superior de Música de Lisboa

Julia Rassek, voz
Maria Fonseca, trompete
Álvaro Pinto, saxofone alto
Henrique Oliveira, saxofone tenor
José Manuel Cavaco, piano
Bruno Ponte, guitarra
Juliana Mendonça, contrabaixo
Maria Carvalho, bateria
Professor: Nelson Cascais

ESMAE

Afonso Silva, saxofone
Pedro Sequeira, vibrafone
José Martin Geyer, piano
Josias Ribeiro, guitarra 

Xavier Nunes, contrabaixo 

Pedro Latães, bateria

19h00

HERSE

Sofia Sá, voz
Clara Lacerda, piano
Raquel Reis, violoncelo

Programação paga

LIVRARIA LER DEVAGAR

Programação gratuita.

Dia 17 de Dezembro

23h00 - 01h30

Tom Maciel convida Thiago Alves e João Sousa + Jam Session

Tom Maciel, piano
Thiago Alves, contrabaixo
João Sousa, bateria

Dia 18 de Dezembro


23h00 - 01h30

Thiago Alves convida Júlia Perminova e André Sousa Machado + Jam Session

Julia Perminova, piano
Thiago Alves, contrabaixo
André Sousa Machado, bateria

SALVADOR SOBRAL E MARCO MEZQUIDA – COSA DE DOIS

Salvador Sobral viveu nos EUA, em Mallorca e Barcelona, onde estudou Jazz durante 2 anos na prestigiada escola Taller de Musics. Ao longo deste período foi compondo as suas próprias canções, criando vários projectos e descobrindo a sua identidade musical.

Em 2016, lança o seu primeiro álbum a solo Excuse me. Em 2017 participa no Festival da Canção onde interpreta a canção Amar pelos Dois, de autoria de Luísa Sobral, vencedora do Festival da Eurovisão, no mesmo ano, com a pontuação mais alta de sempre. Desde então tem sido distinguido com vários prémios e menções e muito aclamado pela imprensa nacional e internacional.

Paralelamente ao seu percurso a solo, tem desenvolvido inúmeros projectos que se estendem a outros universos musicais e formações distintas: Noko Woi, Alexander Search, Mutrama,Alma Nuestra, Quinta das Canções e, mais recentemente, Salvador Sobral canta Brel.

Há consenso em apontar Marco Mezquida como uma das aparições mais brilhantes e promissoras na cena musical da península em décadas!

Um artista preparado para assumir qualquer palco do mundo, foi premiado como Músico do Ano pela Associação de Músicos de Jazz e Músicos Modernos da Catalunha… não uma, mas quatro vezes.

Actuou em importantes auditórios de jazz e festivais em mais de trinta e cinco países e tem actuado e gravado com lendas do jazz como Lee Konitz e Dave Liebman e desenvolve uma carreira frutífera como frontman: Ravel's Dreams, o seu projecto com o guitarrista flamenco Chicuelo, Beethoven Collage, Talismán, ou a sua aclamada dupla com a cantora Silvia Pérez Cruz e o tandem com o bailarino Sol Picó, ou os seus elogiados concertos a solo para piano, onde realça o seu papel como improvisador e compositor.

Recebeu já uma dúzia de prémios ao longo da sua curta e brilhante carreira musical.

SOBRE A FESTA DO JAZZ

A Festa do Jazz é o maior festival português de jazz feito por portugueses, que se realiza há 20 anos sem interrupções, reunindo diferentes públicos, críticos, promotores, músicos profissionais e estudantes de jazz de todo o país.

A Festa do Jazz é desde sempre o espaço aglutinador que promove um encontro nacional anual, para criar redes, formais e informais, e que promove a criação, a improvisação, a pedagogia, a troca de saberes dos envolvidos, incluindo os jovens das escolas. A Festa do Jazz é o observatório do jazz português e um momento único de revelação de novos talentos e de novas propostas de músicos consagrados.

A Festa do Jazz é, e tem sido ao longo dos anos, também um momento único de apresentação de novos talentos e novas propostas de músicos consagrados. Estes dois factores asseguram e exigem que a Festa do Jazz seja uma iniciativa de âmbito nacional, com promoção e divulgação prévia, repercussão ao momento e posterior em inúmeros media.

A Festa do Jazz apresenta uma programação maioritariamente em português, em todas as suas vertentes:

- Abordagem Profissional: o cartaz conta, desde o início, com os maiores nomes do Jazz nacional e alguns dos maiores do Jazz internacional;

- Abordagem Profissionalizante: a criação do concurso nacional de Escolas, único no mundo, como abordagem ao futuro do jazz nacional e a criação de condições de sustentabilidade

- Formação: residências artísticas e masterclasses com convidados de renome internacional

- Criação de redes formais e informais, nacionais e internacionais: membro da European Jazz Network, a Associação Sons da Lusofonia promove actualmente o projecto Portugal em Jazz (www.portugalemjazz.pt)

- Enquadramento permanente das questões de género e de cidadania e a criação de redes formais e informais que sirvam como construção de comunidades assentes em bons indivíduos.

Ficha Técnica

Organização: Associação Sons da Lusofonia
Direcção: Carlos Martins
Coordenação Geral: Inês Lobo
Direcção Técnica: Luís Delgado
Produção: Luís Hilário, Catarina Fernandes
Assistente Produção: Lia Mei
Design: Travassos
Patrocínio: Santa Casa da Misericórdia, Hotel Jerónimos 8
Parceiros: Centro Cultural de Belém, Museu Nacional dos Coches, Livraria Ler
Devagar, RTP Palco
Apoio: Câmara Municipal de Lisboa, Junta de Freguesia de Belém
Media Partner: Antena 2, Público

TRANSMITIDO ONLINE ATRAVÉS DA RTP PALCO

Gravado e transmitido no Grande Auditório e Pequeno Auditório do Centro
Cultural de Belém (CCB)

SOBRE A ASSOCIAÇÃO SONS DA LUSOFONIA - ASL

A Associação Sons da Lusofonia promove intervenções abrangentes que aliam a intervenção social e a educação global à música e à interação entre comunidades pessoas e artes.

A ASL é uma Associação cultural sem fins lucrativos criada em 1996. Desde a sua fundação que um dos grandes objetivos da ASL é o de contribuir para a cooperação entre países geo-culturalmente diversos, promovendo o desenvolvimento de uma identidade baseada nas tradições, comuns ou não, orientadas para o futuro – criando uma plataforma de comunicação entre gerações e grupos com hábitos e heranças culturais diferentes.

Contribui assim para uma intervenção social e artística atenta às mudanças e estruturada na criatividade social. A ASL tem feito um trabalho de importância incontornável em prol da cultura portuguesa e da diversidade cultural e humana, ao longo de quase 27 anos, e a importância deste trabalho é reconhecida pelos agentes culturais, os vários públicos e pelos agentes institucionais nacionais e internacionais.

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