quarta-feira, 30 de novembro de 2022

NOVO TRABALHO DE SONO COLECTIVO














Desde o acordar até ao deitar, vivemos uma constante ocupação.

Intencional, ou forçada, por prazer ou necessidade, por tradição ou preguiça.

As ocupações do tempo, da atenção, da força, da energia, da emoção, da memória ou da imaginação, moldam como nos relacionamos, quem somos, e como construímos uma sociedade. Moldam até o futuro numa pré-ocupação. E se musicássemos os sentimentos que provocam?

O novo trabalho de Sono Colectivo reflete preocupações com quartas-feiras perfeitas, com a vida de uma esfregona ou como acabar uma relação com o despertador.Tanto o disco como as apresentações ao vivo incluem convites à participação de quem ouve e quem vê.

Sono Colectivo surgiu em 2015 com dois Guis, que começaram por escrever canções sem condicionamentos estéticos e de formação/banda. Propuseram-se a pensar nisso quando as canções se materializassem em gravação.
Nasceu um colectivo, uma vila, que tem habitantes permanentes e temporários: um lugar comum para as canções florescerem livremente.

Entretanto, foram gravados dois discos, I e dois, de descoberta da Vila de Sono, dos seus habitantes e histórias, a partir de canções como Velhinho, Quando as casas mudam de cor e João-Pé-de-Feijão.

Um ilustre habitante/estrangeiro é Emílio, personificado em canções como Valsa da Ignorância e Domingo.
Sempre foram assumidamente nessa direção, a de criar lugares diferentes em cada canção: cada música tem diferentes protagonistas, propósitos e direções, o que se reflete a nível musical. Assim sendo, cada música tem a sua instrumentação e orquestração próprias e diferentes músicas são gravadas por diferentes músicos. Os dois discos contam com mais de quarenta pessoas a dar cor às composições.

Nascem por esta altura, na Vila de Sono, várias colaborações musicais, poéticas, audiovisuais e plásticas.

Com os discos gravados, surgiu a vontade de tocar ao vivo, começando a desenhar-se uma ideia de banda. Entre 2017 e 2019 integraram a banda Gui Morais, Guilherme Lapa, Ana Marques, Luís Castro, Ricardo Moreira, André Rodrigues e Rui David. Colaboraram também em concertos Catarina Valadas, Carl Minnemann, Filipe Louro, Rui Teixeira, Rui Ribeiro, Vera Morais, Joana Raquel, Rafael Santos, João Pedro, Hugo Silva, Maria Gomes, Joana Rodrigues e Inês Pereira.

A partir de 2019 surgiu a vontade de fazer novas músicas em novos formatos e tratando novos temas, a partir de uma carta imaginária recebida pelo Emílio e que levantou questões relacionadas com a ocupação pelo trabalho e a ocupação do tempo.

A reflexão sobre o Rendimento Básico Incondicional (RBI) levou a um convite ao Colectivo para participar no documentário RBI Doc e para um concerto no Congresso Internacional 12th Braga Meetings on Ethics and Political Philosophy

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