segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

NA ZDB MÜZIQUE EM FEVEREIRO





















Quinta 2 / 22H
billy woods (US) ⟡ Amador (PT)

Ao longo das últimas duas décadas, o som de billy woods tem evoluído com uma progressiva atenção ao detalhe e em formas de o comunicar: seja através dos instrumentais, dos samples usados, ou pelas referências que pululam na sua música. “Aethiopes” e “Church”, ambos de 2022, são prova de um som – ainda – extremamente ligado ao imaginário do “hip hop independente” do início do século. Criado a partir de sintetizadores modulares e samplers, a música de Amador, que fará a primeira parte desta noite, tem o hip-hop industrial como linha condutora, mas desvia-se tanto por ritmos do dub como breakbeat

Sexta 3 / 22H
Bola de Cristal c/ Salbany ⟡ Fantasia Radical (PT)

A Bola de Cristal regressa para a primeira noite do ano com Salbany, alter ego de Guilherme Alves, produtor e DJ que, em pouco tempo, conquistou o seu lugar no panorama da música electrónica portuguesa, onde é notória a influência de detroit e do techno dos anos 90. No início e fim da noite, Fantasia Radical, duas das mentes que conduzem a Príncipe Discos, aqui em conluio de visão e força motriz para a dança.

Sábado 4 / 22H
Royal Bermuda 'Sempiterna’ ⟡ José Rego (PT)

Compostos por André Parafina e Diogo Esparteiro, Royal Bermuda, exploram caminhos do folclore português, por via do fado, mas também do, mais recente, blues importado, através das suas guitarras. Foi isso que entregaram em “Sempiterna”, álbum que editaram em setembro, em digital e CD, e que agora apresentam ao vivo na ZDB. Na primeira parte, José Rego apresenta-se com a companhia de João Galvão na sonoplastia para uma experiência extrasensorial, onde o espaço de apresentação é a personagem principal.

Sexta 10 / 22H
Genes & Convidados ‘Genes’ (PT) ⟡ Gabrre (BR)

Genes é o moniker de Luís D’Alva Teixeira, músico, compositor e produtor. Fundador da editora independente Cachupa Records, do blog Indieota (uma comunidade online dedicada a resenhas e críticas de música) e de um festival de música com o mesmo nome. Genes foi o primeiro rapper a tocar no Barreiro Rocks, mas, nos últimos tempos, o hip hop e o trap foram dando lugar ao R&B, ao neo-psicadelismo e ao dream pop, como podemos constatar no seu último disco, o homónimo Genes, lançado a 27 de Janeiro. É este mesmo disco que o faz regressar à ZDB, seis anos depois, para um concerto de promoção que conta com convidados que serão revelados durante o concerto.

Sábado 11 / 21H
Soul Feeder – 7777 の天使 (PT), Dakoi (PT), DJ GHEPARD (IT), Nezpera (PT), t0ni (IT/AU), um6ra (UA)

Autêntica plataforma viva sediada em Berlim, a Soul Feeder tem já um percurso sólido no que respeita à divulgação de nova música eletrónica e afins. Nesta noite de residência singular na ZDB, reúne seis nomes que espelham formas e expressões musicais diversificadas.

Quarta 15 / 22H
Festival Rescaldo – Bezbog ⟡ Poly Vuduvum ⟡ João Carreiro & Mariana Dionísio (PT)

Na sua 13ª edição, o Festival Rescaldo regressa à ZDB. Os Bezbog irão trazer o intrigante disco de 2022, “Dazhbog” – tratado de ressonâncias de uma new age despida da componente idílica e sob a ameaça de um qualquer colapso industrial. Poly Vuduvum é o encontro entre Diana Policarpo e Marta ‘Vuduvum’ Von Calhau! que junta percussão, palavra, electrónica e acústica. João Carreiro e Mariana Dionísio são dois músicos de predicados excepcionais, com o interesse mútuo recém-descoberto pela música litúrgica associada a ritos fúnebres, propondo-se a apresentar um réquiem improvisado, “despido e frágil

Quinta 16 / 22H
Katie Kim (UK) ⟡ Tiago Silva (PT)

De uma independência feroz na linguagem e forma de actuação, Katie Kim chega a Portugal no rescaldo vivo da edição de ‘Hour Of The Ox’, quinto álbum em nome próprio. Disco que caminha segura a pausadamente num limbo constante entre intimismo e teatralidade, contenção e expansividade, ‘Hour Of The Ox’ é, até agora, a peça mais reveladora da visão de Kim. Na primeira parte, o guitarrista Tiago Silva, fez parte dos Brainwashed by Amália no início do milénio, tendo depois explorado a guitarra eléctrica a solo e com músicos como Filipe Felizardo, Pedro Sousa, Diana Combo e outros, em diferentes contextos da música improvisada.

Quinta 23 / 22H
O Carro de Fogo de Sei Miguel ‘UM – UM – UM, E NÃO HÁ FORMA DE MORRER’ (PT)

Pequena orquestra de todas as fusões, desde que azuis, assombra, desde 2011, um não-circuito de sítios díspares, com suas calmas e vibrantes celebrações. Isto para uma audiência crescente, porém inclassificável. Em 2019 um LP homónimo, da Clean Feed, foi sua singela_quase que a gravação de um ensaio_primeira vez em disco. Agora, pela Shhpuma, acedemos a três aparições da «máquina», ao vivo, 2017-19-22, com óptimo som. Baseado em Lisboa, a sua mais que provável tumba, mas rico de uma consciência planetária da música, eis O CARRO DE FOGO DE SEI MIGUEL, UM – UM – UM, E NÃO HÁ FORMA DE MORRER.

Sexta 24 / 22H
Stefano Pilia & Adrian Utley & Alessandra Novaga (IT, UK) ⟡ Maria da Rocha (PT)

Dada a empreitada humana levada a cabo para ‘Spiralis Aurea’, impossível de acomodar para a vida na estrada, Pilia traz para palco o álbum num formato trio luxuoso, onde o próprio se faz acompanhar por Adrian Utley, membro dos lendários Portishead, cuja influência e peso são tão enormes que torna desnecessárias quaisquer palavras sobre a sua obra, e Alessandra Novaga, guitarrista milanesa com obra considerável – incluíndo um bonito disco a meias com Pilia – e colaborações com Loren Connors ou Elliot Sharp. Maria da Rocha, na primeira parte, é violinista, violetista e compositora na área da música experimental e eletroacústica. O seu repertório e actividade musical manifestam-se ainda nos mais diversos estilos e colaborações musicais (barroco, clássico, contemporâneo, electroacústico, experimental e funk, hiphop, pop, tango, fado).

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