quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

QUINTO VÍDEO D'ACÚLEO


Já disponível no iutube o quinto vídeo d'Acúleo «corpo finito».

EP tacteável:
•no bandcamp de Acúleo
envio pelo correio; 10€+portes.
•na Louie Louie
Baixa Chiado: Escadinhas do Santo Espírito da Pedreira 3, 1100-225 Lisboa.
•no espaço multiusos da Associação Mural Sonoro
AH!, Calçada de Sant´Ana 169 R/C, Lisboa.

Acúleo é um projecto de spoken word ou... de poesia sonora&musical da autoria de Soraia Simões de Andrade (poemas e interpretação) e João Diogo Zagalo (músico), do qual fazem ainda parte os músicos Gonçalo Zagalo Pereira (Jacarandá, Silver&Scout) e Fernando Ramalho (músico e livreiro), com um primeiro EP editado em Dez de 2022.

Em Acúleo Soraia Simões de Andrade (escritora e investigadora; autora, entre outras publicações ensaísticas, dos livros de poesia Sem Terra de 20211 [pseudónimo Laura do Céu, edição Oro/Caleidoscópio] e Saliva2 de 2022, edição Mariposa Azual , juntou-se ao músico João Diogo Zagalo (compositor e intérprete nos projectos musicais Silver&Scout e The Lone Ranger) e num mês editaram o primeiro EP Acúleo. Gonçalo Zagalo Pereira e Fernando Ramalho tocam igualmente no álbum e nas performances do grupo ao vivo. Os poemas e interpretação são de Soraia Simões de Andrade, assim como os vídeos que acompanham cada texto sónico e a composição musical de João Diogo Zagalo.

Acúleo é um poemário sónico em permanente construção. Há um reiterado sondar da memória e de recriações mnemónicas. E há enfrentamento das nossas incertezas reflectindo-as em horizontes algo difusos: o medo de um mundo global que ganhou formas quase indefiníveis onde a expressão já não é livre. Quase cinematicamente, Acúleo perambula perante o mundo [este mundo] pela mão de humanos como de mais-que-humanos [outros animais] nas suas várias encarnações: as crianças inquietas que porventura foram, as adolescentes cultas com pulsão para a morte e a libido, e, as mulheres adultas a tomar em mãos a vida, sem deixarmos de estar atentas à morte e aos seus sinais anunciadores – a velhice, a decrepitude e, sobretudo, o desaparecimento dos outros e das outras que fomos nós: fantasmas; figurações de um mundo íntimo mas não privado.

Um mundo em reconfiguração, com horizontes esconsos será, talvez, um mundo onde os humanos passarão a entender que não procriar é um sinal de liberdade: um favor à natureza-mãe, enquanto estivermos a mais no planeta e a destruí-lo. Os espículos d’Acúleo estão na profusão vocabular e sónica, não ferem, mas picam e esperam reacções e...a criação de laços com os públicos.

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