‘à procura da essência da cebola’ é o título do primeiro registo discográfico do projeto ‘a urtiga’. Encontra-se, a partir de 13 de Outubro, disponível nas plataformas digitais e em formato físico (Cd).
‘a urtiga’ é composta por João Almeida (guitarra clássica, ukulele, voz) e João Diogo Leitão (viola braguesa, voz). O álbum de estreia foi captado e misturado por João Pedro Lucas e é editado pela ‘Respirar de Ouvido’.
“Entre a música de câmara erudita e o imaginário do cantautor, somos um projecto de música e poesia original à procura de caminhos menos trilhados e de uma abordagem fresca à canção. ‘a urtiga’ nasce da simbiose de dois trajetos e da amizade de dois músicos”, conta João Diogo Leitão.
Uma amizade musical que começou em 2009 na classe do guitarrista Dejan Ivanovic na Universidade de Évora, se aprofundou em aventuras à boleia pelo mundo, e desabrochou numa casinha de pedra sem eletricidade na garganta da Serra da Estrela. Descobriu influências e inspirações nos quatro grandes cantautores da música portuguesa - José Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto; em Chico Buarque; em Léo Brouwer, Carlos Paredes, Radiohead, Frank Zappa ou Thelonious Monk.
João Diogo Leitão, um dos talentos da guitarra clássica da sua geração tocou, entre outros, como solista com a Orquestra Gulbenkian, e foi distinguido com o “Prémio Jovens Músicos”, da RTP. A descoberta e o fascínio pela viola braguesa, e o encontro entre os mundos da música erudita e da música tradicional portuguesa, provocaram uma metamorfose, uma urgência poética, que em 2020 brotou num álbum a solo: ‘por onde fica a primavera’.
João Almeida estudou também no Hot Clube de Portugal e no Conservatório Nacional, colaborou com B Fachada e apresentou-se em diversas salas do país enquanto músico de jazz, até se debruçar sobre a canção e a poesia.
“Escrever estes poemas e canções foi um processo de grande procura interior. Muitas vezes lento - há o caso de uma canção que levou sete anos a ser acabada -, com alguns momentos em que os textos e a música se fizeram a si mesmos muito depressa. A escrita dos arranjos da braguesa foi outra empreitada, muita tentativa e erro e volta a tentar, à procura da perfeição inatingível”, descreve João Almeida.
O nome do disco é uma referência a essa busca. Um nómada, que viaja por nove canções e uma peça instrumental, à procura da essência da cebola. Canções que têm vindo a apresentar ao vivo, em palcos como o Festival Andanças, as Oficinas do Convento em Montemor-o-Novo, o Maus Hábitos no Porto ou o Musibéria em Serpa. Os concertos de apresentação do disco têm lugar a 4 de Novembro na “Moagem”, no Fundão, e a 18 de Novembro no “DESDOBRA-TE! Festival de Dança e Outras Artes”, em Évora.
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