Dela Marmy dá a conhecer o terceiro single de avanço do novo álbum de originais, que tem edição agendada para o início de 2024. “Desejo” já se encontra disponível em todas as plataformas de streaming e faz-se acompanhar de um visualizer, de Nuno Miranda, no YouTube Oficial da artista.
Depois de “Acaso”, “E se o Céu se Apagar”, é agora revelada “Desejo”, a primeira das nove cartas/canções e a escolhida para a abertura do disco que traz Dela Marmy pela primeira vez em Português. No novo álbum, a artista mostra-se mais exposta e vulnerável do que nunca perante um conjunto de canções intimistas, que vão de encontro à singularidade selvagem e poética da sua voz.
"Escrevi esta canção a partir de um lugar de Desejo, dessa forte pulsação física e intelectual que me move, inspira e atravessa e que reconhece, na mesma medida, a ignorância, a procura de saber, os sentidos, as emoções e a sua racionalização.
Escrevi por esse mesmo desejo que me corre no sangue, pela falta/sede estruturante e consequente vontade de sair de pé, de perfurar o campo sem medida do desconhecido - que me faz criar - e que, maravilhosamente, se desmultiplica no desejo por alguém, na deliberação imensa de juntar dois pés, dois (ou mais) lábios, dois corpos, dois sexos, duas vozes, dois pensamentos, nem sempre possíveis ou compatíveis. Certamente, nem tudo são maravilhas, e tudo bem. Nem sempre o desejo é ou será lucidez, nem sempre terá razoabilidade ou entendimento, haverá dias em que toma forma de neblina cerrada e tenderá a ofuscar, mas ainda assim continua tudo de acordo com a nossa natureza, basta ficarmos atentos à dança e saberemos por onde seguir.
No fim do dia, desejo tem em mim significado de amor incondicional pela vida e, por tal, quero cantá-lo, a esse muso sublime que tem sabido manter-me viva e flamejante, ainda antes de saber nomeá-lo. DESEJO, a canção n.°1 no álbum que aí vem."
Dela Marmy
Joana Sequeira Duarte (aka Dela Marmy) é uma artista com raízes em Trás-os-Montes, Beira Baixa, Porto e Lisboa. Integrou a banda The Happy Mess, nos sintetizadores e voz e mais tarde lançou-se num percurso a solo, estreando-se com o nome Dela Marmy em 2019, desenvolvendo a partir daí uma música onde a pop mais sonhadora coabitava com lugares do rock ou folk mais alternativos, ao mesmo tempo que, em palco, as canções ganhavam cor, volume e um corpo performativo, ou não tivesse ela estado ligada à dança durante muitos anos. Dança aliás como canta, misto de delicadeza, encanto e verdade.
Após a edição de dois EPs, afirma-se uma nova Dela Marmy aquela que se apresenta neste novo longa-duração, um álbum com influências da art pop, indie-folk e electrónica.
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