Sérgio Onze atua no próximo dia 7 de março no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, num concerto em que antecipa o álbum de estreia, “NÓS”, com lançamento previsto para o mesmo mês. O disco é editado pelo Museu do Fado e foi produzido pelo fadista com Ricardo Ribeiro e AGIR.
Nas palavras de Sérgio Onze, “cada faixa é um nó fortalecido pelo laço e o seu desenlace — tanto desafio como processo, tanto pergunta como resposta”, acrescentando que “são "NÓS" que ligam produções tão antagónicas como Ricardo Ribeiro e AGIR e é no seu centro que coexistem composições tradicionais e poemas clássicos ao lado de letras e músicas inéditas de compositores contemporâneos" .
A acompanhar Sérgio Onze no palco do CCB estarão os músicos Bernardo Romão (guitarra portuguesa), Bernardo Saldanha (viola) e Francisco Gaspar (baixo). BILHETES AQUI
Com o apoio da Antena 1, o concerto de Sérgio Onze será a oportunidade de ouvir, em antemão, as canções do primeiro álbum do fadista.
"O concerto no CCB será a primeira vez que canto ao vivo uma versão concreta daquilo que é o meu primeiro disco. Digo concreta porque o "NÓS" existe em mim há muito tempo e tem sido cantado e desatado, de alguma forma, em todos os lugares. Mas agora é real. É final. Um final que é mais um ponto e vírgula do que uma coisa definitiva, porque é isso que fazem os primeiros concertos: eu vou conhecê-lo ao vivo ao mesmo tempo que cada uma das pessoas que estiverem na plateia. O palco é um lugar tão assustador e vulnerável quanto confortável. É ao vivo que o fado se concretiza: só fica inteiro quando faz o outro sentir. Não há objetivo maior que esse para o dia 7 de março. Isso e desatar uns quantos nós", confessa Sérgio Onze.
Em antecipação do disco será editado o single de avanço, "Canto ainda por alguém", já no próximo dia 5 de março.
Sérgio Onze começou a cantar aos seis anos. Venceu vários concursos nacionais - entre eles a Grande Noite do Fado, em 2003 -, estudou guitarra clássica no Conservatório de Setúbal porque a voz ainda não tinha amadurecido tanto como as suas ambições e aos 17 anos começa a viver de noite, nas Casas onde ainda se sente Fado. Passou pelas Jovens Vozes de Lisboa no São Carlos, atuou no Belém Art Fest e já pisou palcos como o Campo Pequeno, o CCB, o Salão Preto e Prata, o São Luiz, o São Jorge e o Tivoli. Internacionalmente, já fez espetáculos na Alemanha, França, Finlândia, Itália e Roménia. Em simultâneo, cultivou a sensibilidade artística na Faculdade de Belas Artes e explora a multidisciplinaridade da Moda enquanto stylist, concretizando uma elevada consciência conceptual e a exigência de um propósito em tudo o que faz.
Sérgio Onze não vem do Fado, não carrega um legado ancestral nem antepassados para honrar. O Fado foi, por isso, uma decisão. Uma escolha que pareceu intrínseca, natural, como se tivesse sido encontrado, ou nele se encontrasse. Como se só a noite, a vulnerabilidade e o espanto soubessem a casa. Começar a cantar desde cedo e construir-se em contacto direto com os grandes mestres fez com que se deslumbrasse por todos os mundos que cabem dentro do Fado tradicional. Com o Fado enquanto fim para um meio e uma voz profunda e retumbante, cheia de certezas mesmo quando só se pergunta, Sérgio Onze entrega-se ao precipício que é cantar sem deixar os pés em terra firme. Na viagem, leva-nos a todos com ele com tanta firmeza que, quando nos vemos de volta ao cais, temos o corpo virado do avesso e sentimo-nos, finalmente, inteiros.
Biografia por Irina Chitas
"O concerto no CCB será a primeira vez que canto ao vivo uma versão concreta daquilo que é o meu primeiro disco. Digo concreta porque o "NÓS" existe em mim há muito tempo e tem sido cantado e desatado, de alguma forma, em todos os lugares. Mas agora é real. É final. Um final que é mais um ponto e vírgula do que uma coisa definitiva, porque é isso que fazem os primeiros concertos: eu vou conhecê-lo ao vivo ao mesmo tempo que cada uma das pessoas que estiverem na plateia. O palco é um lugar tão assustador e vulnerável quanto confortável. É ao vivo que o fado se concretiza: só fica inteiro quando faz o outro sentir. Não há objetivo maior que esse para o dia 7 de março. Isso e desatar uns quantos nós", confessa Sérgio Onze.
Em antecipação do disco será editado o single de avanço, "Canto ainda por alguém", já no próximo dia 5 de março.
Sérgio Onze começou a cantar aos seis anos. Venceu vários concursos nacionais - entre eles a Grande Noite do Fado, em 2003 -, estudou guitarra clássica no Conservatório de Setúbal porque a voz ainda não tinha amadurecido tanto como as suas ambições e aos 17 anos começa a viver de noite, nas Casas onde ainda se sente Fado. Passou pelas Jovens Vozes de Lisboa no São Carlos, atuou no Belém Art Fest e já pisou palcos como o Campo Pequeno, o CCB, o Salão Preto e Prata, o São Luiz, o São Jorge e o Tivoli. Internacionalmente, já fez espetáculos na Alemanha, França, Finlândia, Itália e Roménia. Em simultâneo, cultivou a sensibilidade artística na Faculdade de Belas Artes e explora a multidisciplinaridade da Moda enquanto stylist, concretizando uma elevada consciência conceptual e a exigência de um propósito em tudo o que faz.
Sérgio Onze não vem do Fado, não carrega um legado ancestral nem antepassados para honrar. O Fado foi, por isso, uma decisão. Uma escolha que pareceu intrínseca, natural, como se tivesse sido encontrado, ou nele se encontrasse. Como se só a noite, a vulnerabilidade e o espanto soubessem a casa. Começar a cantar desde cedo e construir-se em contacto direto com os grandes mestres fez com que se deslumbrasse por todos os mundos que cabem dentro do Fado tradicional. Com o Fado enquanto fim para um meio e uma voz profunda e retumbante, cheia de certezas mesmo quando só se pergunta, Sérgio Onze entrega-se ao precipício que é cantar sem deixar os pés em terra firme. Na viagem, leva-nos a todos com ele com tanta firmeza que, quando nos vemos de volta ao cais, temos o corpo virado do avesso e sentimo-nos, finalmente, inteiros.
Biografia por Irina Chitas
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