quarta-feira, 6 de março de 2024

NOVO SINGLE 'CANTO AINDA POR ALGUÉM' ANTECIPA ÁLBUM DE ESTREIA DE SÉRGIO ONZE





















Já está disponível em todas as plataformas digitais ‘Canto Ainda Por Alguém’, o novo single de Sérgio Onze. O tema foi produzido pelo fadista Ricardo Ribeiro e tem por base o poema com o mesmo título, da autoria de Manuel de Andrade.

“Este poema de Manuel de Andrade não é nostálgico e muito menos triste: é duro e aberto como a vontade que temos de ter, tanto para o cantar, como para continuar, sempre. E materializá-lo no Fado Menor, o pai e superior de todos os fados, tornou-se na única forma possível de começar”, afirma Sérgio Onze. O fadista acrescenta que “não há muito espaço para racionalidade numa crença. Acreditar nos nossos mundos - passados, presentes e futuros - tem sempre uma disponibilidade superior. Esse alguém que sabemos que existe, que sabemos que somos nós, mas que às vezes parece mais distante e menos definido que Plutão”.

‘Canto Ainda Por Alguém’ conta com a participação dos músicos Bernardo Romão (guitarra portuguesa), Bernardo Saldanha (viola) e Daniel Pinto (viola baixo). A canção é acompanhada por um videoclipe realizado por Cláudia Barros e Tiago Ribeiro.

O novo tema de Sérgio Onze antecipa o álbum de estreia, “NÓS”, com lançamento previsto para o próximo mês de abril. Editado pelo Museu do Fado | EGEAC, o disco foi produzido por Ricardo Ribeiro e AGIR e inclui várias participações, a anunciar brevemente.

“Cada faixa é um nó fortalecido pelo laço e o seu desenlace - tanto desafio como processo, tanto pergunta como resposta. São "NÓS" que ligam produções tão antagónicas como Ricardo Ribeiro e AGIR, é no seu centro que coexistem composições tradicionais e poemas clássicos ao lado das visões estelares de compositores contemporâneos", afirma o artista. ""NÓS" existe em mim há muito tempo e tem sido cantado e desatado, de alguma forma, em todos os lugares. Mas agora é real. É final. Um final que é mais um ponto e vírgula do que uma coisa definitiva", conta ainda.

“NÓS” marca a estreia discográfica do fadista Sérgio Onze. O álbum é uma edição Museu do Fado Discos e é apresentado, em antemão, esta quinta-feira, dia 7 de março, no Centro Cultural de Belém, pelas 21h00. O concerto integra o ciclo Há Fado no Cais, coproduzido pelo Museu do Fado | EGEAC e pelo CCB desde 2012. Com o apoio da Antena 1, o concerto terá interpretação em Língua Gestual Portuguesa e os bilhetes estão à venda nos locais habituais e na Ticketline.

Biografia:

Sérgio Onze começou a cantar aos seis anos. Venceu vários concursos nacionais - entre eles a Grande Noite do Fado, em 2003 -, estudou guitarra clássica no Conservatório de Setúbal porque a voz ainda não tinha amadurecido tanto como as suas ambições e aos 17 anos começa a viver de noite, nas Casas onde ainda se sente Fado. Passou pelas Jovens Vozes de Lisboa no São Carlos, atuou no Belém Art Fest e já pisou palcos como o Campo Pequeno, o CCB, o Salão Preto e Prata, o São Luiz, o São Jorge e o Tivoli. Internacionalmente, já fez espetáculos na Alemanha, França, Finlândia, Itália e Roménia. Em simultâneo, cultivou a sensibilidade artística na Faculdade de Belas Artes e explora a multidisciplinaridade da Moda enquanto stylist, concretizando uma elevada consciência conceptual e a exigência de um propósito em tudo o que faz.

Sérgio Onze não vem do Fado, não carrega um legado ancestral nem antepassados para honrar. O Fado foi, por isso, uma decisão. Uma escolha que pareceu intrínseca, natural, como se tivesse sido encontrado, ou nele se encontrasse. Como se só a noite, a vulnerabilidade e o espanto soubessem a casa. Começar a cantar desde cedo e construir-se em contacto direto com os grandes mestres fez com que se deslumbrasse por todos os mundos que cabem dentro do Fado tradicional. Com o Fado enquanto fim para um meio e uma voz profunda e retumbante, cheia de certezas mesmo quando só se pergunta, Sérgio Onze entrega-se ao precipício que é cantar sem deixar os pés em terra firme. Na viagem, leva-nos a todos com ele com tanta firmeza que, quando nos vemos de volta ao cais, temos o corpo virado do avesso e sentimo-nos, finalmente, inteiros.

Biografia por Irina Chitas

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