Filipe Sambado não é estranha ao confronto e é-lhe frontal.
Bastonada nos Dentes, por força dos tempos e dos ventos, é uma canção que encara de frente e explicitamente a repressão política e policial do estado.
Bastonada nos Dentes, disponível nas plataformas de streaming e nas ruas da cidade.
A Polícia
manifesto por Filipe Sambado
A polícia é um órgão criado para proteger. Assim como a guarda real, presidencial, republicana, ou florestal, a polícia serviu em primeira instância para ordenar as novas cidades da elite burguesa. Controlar as greves, a insurreição de escravos, a desordem de subalternos e de marginais - pessoas que não tendo trabalho não serviam o capital social. Es agentes policiais e outres da autoridade surgem invariavelmente de contextos humildes, na procura duma profissão que lhes proporcione, como às outras pessoas, uma vida digna e com oportunidades. Há quase sempre uma crença heróica e salvífica na base vocacional de alguém, que em última instância considera a agressão uma solução.
A utilização da força e da prepotência física ou verbal, estará sempre do lado de quem não consegue resolver os problemas através do diálogo. A segurança existe quando profilaticamente se previnem as injustiças sociais, reduzindo a taxa de criminalidade e marginalidade. A função da segurança deve servir o mais fraco e ajudar quem mais precisa.O polícia escolhe representar o estado, como o segurança privado escolhe representar o seu patrão, como o militar escolhe representar a sua crença e a sua guerra. A polícia acredita que a sua propensão para a violência ficou validada, quando escolheu servir a lei e o estado.
Quem vê superioridade na violência não acredita na verdadeira igualdade ou na equidade social. Defender as pessoas, não é atacar bairros, manifs, estudantes, imigrantes, corpos negros, travestis. A verdadeira insegurança é a de quem luta por um teto, por comida, por uma vida melhor, por um mundo melhor, por respeito, por condições e por dignidade. É desenvolver estratégias que protejam. Quando a polícia for mais assistência social, for mais sopa dos pobres, for ajudar nos bairros e na rua, então terá deixado de ser um bando de gente violenta que viu numa profissão um escape pra ser legalmente o que já foi ilegalmente. Eu acredito progressivamente num redirecionar da função policial para uma função de apoio que privilegie quem mais carece, encontrando valor e significado nessa vontade heróica e salvífica a que estes corpos se propõe.
manifesto por Filipe Sambado
A polícia é um órgão criado para proteger. Assim como a guarda real, presidencial, republicana, ou florestal, a polícia serviu em primeira instância para ordenar as novas cidades da elite burguesa. Controlar as greves, a insurreição de escravos, a desordem de subalternos e de marginais - pessoas que não tendo trabalho não serviam o capital social. Es agentes policiais e outres da autoridade surgem invariavelmente de contextos humildes, na procura duma profissão que lhes proporcione, como às outras pessoas, uma vida digna e com oportunidades. Há quase sempre uma crença heróica e salvífica na base vocacional de alguém, que em última instância considera a agressão uma solução.
A utilização da força e da prepotência física ou verbal, estará sempre do lado de quem não consegue resolver os problemas através do diálogo. A segurança existe quando profilaticamente se previnem as injustiças sociais, reduzindo a taxa de criminalidade e marginalidade. A função da segurança deve servir o mais fraco e ajudar quem mais precisa.O polícia escolhe representar o estado, como o segurança privado escolhe representar o seu patrão, como o militar escolhe representar a sua crença e a sua guerra. A polícia acredita que a sua propensão para a violência ficou validada, quando escolheu servir a lei e o estado.
Quem vê superioridade na violência não acredita na verdadeira igualdade ou na equidade social. Defender as pessoas, não é atacar bairros, manifs, estudantes, imigrantes, corpos negros, travestis. A verdadeira insegurança é a de quem luta por um teto, por comida, por uma vida melhor, por um mundo melhor, por respeito, por condições e por dignidade. É desenvolver estratégias que protejam. Quando a polícia for mais assistência social, for mais sopa dos pobres, for ajudar nos bairros e na rua, então terá deixado de ser um bando de gente violenta que viu numa profissão um escape pra ser legalmente o que já foi ilegalmente. Eu acredito progressivamente num redirecionar da função policial para uma função de apoio que privilegie quem mais carece, encontrando valor e significado nessa vontade heróica e salvífica a que estes corpos se propõe.
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