A Artway Records apresenta o disco “24 Prelúdios e Fugas” de Sérgio Azevedo, pelo pianista António Rosado. O novo disco do compositor Sérgio Azevedo reúne um ciclo completo de 24 Prelúdios e Fugas, escritos entre 2018 e 2021, “numa atmosfera emocional que vai desde a serenidade arcádica até ao dramatismo trágico”.
Sérgio Azevedo nasceu em Coimbra, em 1968. Estudou Composição com Fernando Lopes-Graça na Academia de Amadores de Música e na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) com Constança Capdeville, escola onde concluiu o Curso Superior de Composição com nota máxima. Ganhou vários prémios nacionais e internacionais, entre os quais o “United Nations Prize” e o “Prémio Autores” (SPA) de 2010.
António Rosado tem uma carreira reconhecida nacional e internacionalmente, corolário do seu talento e do gosto pela diversidade, expressos num extenso repertório pianístico. Estudou no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, partindo aos 16 anos para Paris onde foi discípulo de Aldo Ciccolini no Conservatório Superior de Música e nos Cursos de Aperfeiçoamento em Siena e Biella. Apresentou-se inúmeras vezes com orquestras nacionais e internacionais e a sua discografia contempla obras marcantes do repertório para piano solo e de música de câmara. Foi laureado pela Academia Internacional Maurice Ravel, pela Academia Internacional Perosi, pelo Concurso Internacional Vianna da Motta e pelo Concurso Internacional Alfredo Casella de Nápoles. Em 2007 foi distinguido pelo Governo Francês com o grau de Chevalier des Arts et des Lettres.
“Escritos entre 2018 e 2021, os 24 Prelúdios e Fugas não foram inicialmente concebidos como um conjunto coeso, nem sequer como um percurso completo por todas as tonalidades maiores e menores. Algumas das Fugas já haviam sido escritas isoladamente antes de 2018, mas aguardavam por uma oportunidade de as juntar de algum modo, tendo eu inclusive pensado inicialmente num pequeno caderno com apenas algumas fugas isoladas, sem prelúdios, e sem uma lógica tonal. Quando, porém, as reuni e revi com vista a essa edição, juntando-lhes os respectivos Prelúdios, rapidamente me dei conta que estavam todas escritas em tonalidades diferentes. Assim, tendo já 5 ou 6 Fugas completadas e sabendo que até hoje ninguém em Portugal e, julgo, na Península Ibérica, havia escrito um ciclo completo de 24 Prelúdios e Fugas em todas as tonalidades maiores e menores, resolvi compor as restantes. As Fugas são bastante livres de um ponto de vista formal e aproximam-se bastante das velhas formas que antecedem a fuga moderna, nomeadamente o Tento, o Ricercare, ou a Fantasia polifónica. Cada Fuga, bem como cada Prelúdio, é muito diferente entre si, e a atmosfera emocional das peças vai desde a serenidade arcádica até ao dramatismo trágico. Aliás, o ciclo começa esfuziante e termina numa nota de apreensão com o final da Fuga 24 que, embora escrita sobre um tema desafiante e decidido, que fecha o ciclo de forma brutal e definitiva, ainda assim não consegue “limpar”, com este, as sugestões sombrias que cria ao longo do seu percurso polifónico, sombras que acabam por dominar as várias “fanfarras” brilhantes em “stretto” que caracterizam a secção central da Fuga 24.” - Sérgio Azevedo
Mais informação em https://www.artway.pt/
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