Filipe Furtado volta às edições. Cravos é o primeiro avanço do segundo álbum "Como Se Matam Primaveras", a ser editado no final do ano.
O novo trabalho sedimenta o formato trio junto dos camaradas Filipe Fidalgo (saxofone) e Paulo Silva (bateria). Na passagem pelos muitos palcos desde da estreia de "Prelúdio" (Marca Pistola, 2022) e nos novos processos de escrita e composição, gradualmente, foram deixando a guitarra em segundo plano, para que o piano e os teclados continuassem esse universo que o single "Uma Coisa Linda Morrer" prometia.
Os temas do novo disco abraçam sem medo o espaço, cada vez maior e assertivo, entre as letras e instrumentais do trio. As influências do jazz e do cancioneiro tradicional imiscuem-se nos universos indie e bebem de referências mais cinematográficas. Importa a viagem e cada um dos seus portos de abrigo.
"Cravos" inaugura as mundividências do álbum. Uma reflexão nostálgica do privilégio de ter nascido e viver num Portugal pós-25 de Abril e celebrar essas 50 Primaveras, com todas as suas mazelas e andares trôpegos, a manhã em que fomos mais que a soma das partes.
O exercício filosófico ou poético do título do álbum, entre o peso esotérico das estações do ano, as suas cores, luzes ou nuances semióticas, vestem-se, na verdade, de Outonos, quer pela escrita, quer pelas escolhas melódicas e harmónicas das faixas. Serão também ideais por cumprir.
Gravado entre Lisboa e Coimbra, nos estúdios da Escola Superior de Música e da Blue House, este compêndio de novas canções envolve a relação umbilical e musical com Alexandre Furtado, irmão mais novo e conhecedor íntimo dos primeiros esboços das composições, que assume a captação, mistura, masterização e assina a produção do álbum.
Esta primeira janela de "Como Se Matam Primaveras" conta com alguns apontamentos vocais de Ana Maria Pardal, que sabe navegar naturalmente essa intemporalidade dos timbres da tradição popular. A cantora tem presença assídua noutras faixas do álbum, com particular destaque para o dueto em "Ada, Meu Ardor", uma leitura musical sobre o romance de Vladimir Nabokov. "Cravos" faz-se canção para se deixar seguir numa viagem instrumental que termina com recortes sábios de Salgueiro Maia, figura incontornável dessa madrugada.
PARA OUVIR NAS PLATAFORMAS DIGITAIS
19 outubro 2024 | Filipe Furtado Trio Guimarães | CAAA | 22h00
20 outubro 2024 | Filipe Furtado Trio | FNAC NorteShopping |16h30
15 novembro 2024 Filipe Furtado Trio Cascais Cascais Jazz Club 21H00
16 novembro 2024 Filipe Furtado Trio | FNAC Almada | 16h30
16 novembro 2024 Filipe Furtado Trio | Lisboa Village Underground | 22h30
17 novembro 2024 Filipe Furtado Trio | FNAC Leiria | 16h30
quem é filipe furtado
Nascido e criado na lindíssima cidade de Ponta Delgada, Filipe Furtado trocou as ilhas pela cidade de Coimbra, em 2010, para prosseguir estudos na área do jornalismo. Por lá ficou, mas a paixão pela música falou mais alto e, terminada a licenciatura, ingressou no curso de jazz da Tone Music School. Com a guitarra como companheira, começa a escrever, a experimentar, a musicar alguns poemas e a ganhar coragem para cantar em público.
Apreciador musical eclético, ainda para mais sendo radialista amador, faz-se acompanhar pelo baterista Paulo Silva e o saxofonista Filipe Fidalgo. O seu trio viaja por vários territórios, passando pelo jazz e deixando-se influenciar pelo rico cancioneiro português. O seu disco de estreia "Prelúdio", que vem mostrando desde 2021, foi gravado nos estúdios da Blue House e lançado pela editora açoriana Marca Pistola, no final de 2022. Em preparativos finais, o seu segundo álbum "Como se matam Primaveras", gravado em trio, será editado no final de 2024.
Nascido e criado na lindíssima cidade de Ponta Delgada, Filipe Furtado trocou as ilhas pela cidade de Coimbra, em 2010, para prosseguir estudos na área do jornalismo. Por lá ficou, mas a paixão pela música falou mais alto e, terminada a licenciatura, ingressou no curso de jazz da Tone Music School. Com a guitarra como companheira, começa a escrever, a experimentar, a musicar alguns poemas e a ganhar coragem para cantar em público.
Apreciador musical eclético, ainda para mais sendo radialista amador, faz-se acompanhar pelo baterista Paulo Silva e o saxofonista Filipe Fidalgo. O seu trio viaja por vários territórios, passando pelo jazz e deixando-se influenciar pelo rico cancioneiro português. O seu disco de estreia "Prelúdio", que vem mostrando desde 2021, foi gravado nos estúdios da Blue House e lançado pela editora açoriana Marca Pistola, no final de 2022. Em preparativos finais, o seu segundo álbum "Como se matam Primaveras", gravado em trio, será editado no final de 2024.
Sem comentários:
Enviar um comentário