A artista Fábia Rebordão irá participar no próximo dia 5 de dezembro na 60ª comemoração do aniversário do Conservatório de Música da China, atuando no Festival de Música Tradicional de Pequim, a convite do governo chinês, feito pela embaixada da China em Lisboa.
A cantora que recentemente editou o álbum “Pontas Soltas” atua no grande Auditório do Conservatório Nacional de Música da China, integrada no dia dedicado à música étnica e tradicional de todo o mundo. Fábia Rebordão subirá ao palco acompanhada por Jorge Fernando na viola e Francisco Pereira na guitarra portuguesa.
Sobre o festival:
O Festival de Música Tradicional de Pequim 2024 é coorganizado pelo Conservatório de Música da China, pela Federação de Círculos Literários e Artísticos de Pequim e pela Associação de Músicos de Pequim. A abertura do festival de música está prevista para 4 de dezembro de 2024, sob o tema “Intercâmbio e apreciação entre culturas num mundo diversificado e harmonioso”, com o apoio do Teatro Dramático da Ópera e Dança Nacional da China, da Ópera Nacional da China, da Orquestra Tradicional Nacional da China e do Conjunto de Canções e Danças Étnicas da China. Os eventos serão organizados pelo Conservatory Center for the Performing Arts (CCPA), pelo Departamento de Instrumentos Chineses, pela Academia de Música Nacional Chinesa e pelo Gabinete de Intercâmbio Internacional do Conservatório de Música da China.
O primeiro Festival de Música Tradicional de Pequim realizou-se em 2009. O segundo foi combinado com a 29.ª Conferência Mundial de Educação Musical. O festival de música ganhou o prémio de “Festival Étnico Mais Influente Internacionalmente” da China em 2012. Ao longo dos últimos anos, tem apresentado diferentes temas e destaques, mostrando a coexistência harmoniosa entre a música tradicional e a sociedade moderna.
O Festival de Música Tradicional de Pequim de 2024 apresentará a música tradicional de todo o mundo, realçando o encanto único e os estilos culturais da música tradicional de vários países.
O organizador convida músicos de diferentes países a apresentarem actuações imbuídas das respectivas caraterísticas culturais nacionais, permitirá que os músicos brilhem no festival e promoverá uma maior divulgação das culturas musicais de vários países, e oferecerá aopúblico chinês um banquete visual e auditivo trazido por músicos tradicionaisnotáveis de todo o mundo.
De seguida, Fábia Rebordão viaja para o Brasil, onde atua a 13 de dezembro no Salão Nobre da Casa de Portugal em São Paulo, acompanhada pelo renomado pianista e maestro de música erudita, João Carlos Martins.
Quem é João Carlos Martins?
João Carlos Martins é um renomado pianista e maestro brasileiro, conhecido por sua trajetória brilhante, marcada por conquistas artísticas extraordinárias e desafios pessoais que ele superou com determinação.
Aqui está uma visão sobre sua vida, carreira e legado:
João Carlos Martins
• Data de nascimento: 25 de junho de 1940
• Local de nascimento: São Paulo, Brasil
• Profissão: Pianista e maestro
• Gênero musical: Música erudita
A sua carreira como pianista teve um início precoce: João Carlos começou a estudar piano aos 8 anos e rapidamente demonstrou talento excepcional, ganhando concursos nacionais ainda na juventude. O reconhecimento internacional não tardou na sua carreira, tendo se tornado num dos maiores intérpretes da obra de Johann Sebastian Bach, com performances e gravações aclamadas em todo o mundo. Apresentou-se nas mais importantes salas de concerto do mundo,como o Carnegie Hall (Nova York) e o Royal Albert Hall (Londres).
João Carlos Martins enfrentou inúmeros desafios físicos e de saúde que interromperam sua carreira como pianista várias vezes:
Sofreu uma lesão no braço direito durante um jogo de futebol amador nos anos 1960, prejudicando parcialmente sua habilidade de tocar. Durante uma apresentação na Bulgária,em 1995, foi assaltado e levou um golpe na cabeça que afetou permanentemente a sua coordenação motora. Distonia focal: Uma condição neurológica que limitou ainda mais os movimentos das mãos.
Em 2003, foi obrigado a abandonar o piano como solista devido às limitações físicas. apesar disso, ele não desistiu da música. Tornou-se maestro em vez de abandonar a música, João Carlos reinventou sua carreira. Estudou regência e começou a conduzir orquestras, dedicando-se principalmente à popularização da música clássica no Brasil. Fundou a Bachiana Filarmônica SESI-SP, uma orquestra com a qual realiza concertos que unem erudição e acessibilidade, frequentemente misturando música clássica e popular.
A superação e a inovação, mesmo com as suas limitações físicas, João Carlos nunca abandonou o piano completamente. Em 2019, adaptou um dispositivo bionico para suas mãos, desenvolvido por um designer brasileiro, que lhe permitiu tocar novamente, ainda que de forma limitada.A sua persistência e paixão pela música tornaram-se exemplos inspiradores de superação.
A sua contribuições e legado é enorme. Os projetos sociais de João Carlos Martins tornaram a música, uma ferramenta de inclusão e educação, oferecendo oportunidades para jovens de comunidades carentes por meio de alguma iniciativas.
É considerado um dos maiores intérpretes de Bach do século XX.
A sua discografia inclui dezenas de álbuns dedicados principalmente a Bach, entre outros compositores clássicos. Tem um livro e um filme com a sua história retratada “João, o Maestro” (2017), e a sua história é tema abordado em vários livros e documentários. João Carlos Martins recebeu inúmeras homenagens e prêmios ao longo de sua vida, tanto no Brasil, quanto internacional.
João Carlos Martins é casado e mantém uma postura otimista e inspiradora em sua vida pública. Ele frequentemente compartilha mensagens de esperança e dedicação.
João Carlos Martins é uma figura extraordinária da música clássica, conhecido tanto pelo seu talento quanto pela sua resiliência. A sua trajetória é um exemplo de como a paixão pela arte pode transcender as adversidades mais difíceis de uma vida.
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