Os BILOBA acabam de lançar “Sala de Espera”, o primeiro longa-duração da banda, um disco que reflete sobre a incerteza, o estado de alerta e a sensação de impotência que marcam o tempo presente. Juntamente com o álbum, a banda revela também o novo single “Amor em Tempos de Guerra”, um tema que se destaca pela sua dualidade entre a leveza da melodia e a urgência da sua mensagem.
Depois de “Flor de Verão”, “Se Deus Demora”, “Rei dos Animais” e “Quando For Para Ir”, os BILOBA chegam ao lançamento do álbum com um percurso marcado pela fusão entre rock alternativo, jazz e hip-hop, ancorado numa forte identidade lírica. Em “Sala de Espera”, Francisco Nogueira (voz e baixo), Nazaré da Silva (voz), Simão Bárcia (guitarra), Diogo Lourenço (guitarra e teclados) e Miguel Fernández (bateria) constroem um registo onde cada faixa funciona como um retrato de inquietações e tensões do mundo atual.
"O elo de ligação do disco é esta incerteza guardada no peito de tantos que, como eu, estão numa sala de espera, sem ideia do que lhes reserva o futuro", explica Francisco Nogueira. A crise habitacional (“Quando For Para Ir”), o impacto ambiental (“Hoje Não é Ontem”), o consumo desenfreado (“Rei dos Animais”) e as recentes guerras (“Amor em Tempos de Guerra”) são alguns dos temas que percorrem o álbum, num exercício de reflexão sobre a realidade que nos rodeia. "Se há uma mensagem principal neste disco, é que a autoconsciência e a reflexão nos fazem reconhecer onde estamos, que prisões ou salas de espera nos encerram, e que é com essa mesma introspeção que iluminamos a porta de saída", acrescenta o vocalista e baixista.
O novo single “Amor em Tempos de Guerra” é uma das canções mais vibrantes do repertório da banda ao vivo, destacando-se pela sua abordagem contrastante entre letra e sonoridade. "É completamente diferente de tudo o que fizemos anteriormente, mas mantém um carimbo forte de BILOBA", diz Francisco Nogueira. Inspirado pelo filme "Melancolia", de Lars von Trier, o tema retrata uma história de amor vivida sob a ameaça de uma guerra nuclear, misturando a tensão da letra com um groove dançante e acessível. "Apesar do derrotismo que pode parecer aparente, quis passar uma outra mensagem, tanto na letra como no balanço alegre da canção. Qualquer amor, mesmo que breve e efémero, merece ser celebrado em cada segundo que exista – e essa própria festa pode ser a melhor arma contra o fatalismo".
A sonoridade de “Sala de Espera” reflete um percurso de descoberta e experimentação, onde os membros da banda tiveram liberdade para explorar as suas próprias contribuições musicais. "Fui percebendo que a melhor forma de trabalhar com BILOBA era colocar cada um de nós responsável pela criação da sua própria parte", explica Francisco. "Eu trago as bases, mas o resto é concluído pela banda, permitindo que o nosso som ganhe uma identidade muito própria".
Gravado nos Estúdios Bela Flor por Eduardo Vinhas, com captação de voz a cargo de Diogo Lourenço nos Chinfrim Estúdios, o álbum contou com mistura e masterização de Tiago de Sousa. A produção esteve a cargo de Francisco Nogueira e Diogo Lourenço, enquanto a capa e design são assinados por Joana Franco.
Os BILOBA continuam agora a apresentar “Sala de Espera” ao vivo, com concertos onde o repertório ganha novas dimensões através da improvisação e da colaboração com a artista visual Rita Caldeira. A banda irá apresentar o disco no dia 14 de março no Maus Hábitos, no Porto, e a 2 de abril no Musicbox, em Lisboa.
O álbum e o single “Amor em Tempos de Guerra” já se encontram disponíveis em todas as plataformas digitais, acompanhados pelo videoclipe oficial.

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