Alegria Terminal, o terceiro LP de Vaiapraia, é editado hoje nas plataformas digitais numa parceria entre os coletivos Maternidade e Tons To Tell, em breve também em vinil, numa edição limitada.
Alegria Terminal dá a provar o rock enquanto substância efervescente, em excepções luminosas do dia-a-dia, numa cotovelada estóica ao aborrecido declínio do nosso mundo.
Alegria Terminal nasce sob o pó do doméstico, entre o calejar do quotidiano e a observação do banal. É simultaneamente um arquivo narrado do que vivemos e uma escapadela de meia hora das inconveniências de estar vivo.
Com a sonoridade já típica de um LP de Vaiapraia - o combustível feroz da percussão, o galope das linhas de baixo, as texturas coloridas rasgadas pela guitarra e a cama harmónica do teclado - Alegria Terminal oferece onze peças que formam um puzzle montado com um critério pessoal rigoroso.
Para além das músicas de desamor e revolta birrenta do costume ("Kolmi"), é palpável um sentimento de derrota e desilusão que é amparado por um afiado sentido de humor ("Ar Com Ar"). Ouve-se também o passo veloz da rotina (“Tupperware Furado") e a experiência de vida associada a mudanças de casa, cidade, país, escala, língua e linguagem (”Way Way”).
Alegria Terminal dá a provar substâncias efervescentes que trazem excepções luminosas do dia-a-dia, enquanto cura possível, ou aproximação ao divino. É como se o calor do rock e o caçar da canção fossem uma cotovelada estóica ao aborrecido declínio da civilização ocidental.
Composto, escrito e produzido por Rodrigo Vaiapraia.
A descobrir os músculos de cada canção, esteve a banda (Ana Farinha, April Marmara e chica). Na co-produção, esteve Katie O'Neill (Ela Minus, Austra, Sorry), que acompanhou este processo criativo dentre e fora de estúdio durante dois anos.
Gravado por Bernardo Ramos em live-take na Chinfrim Estúdios, depois de períodos de trabalho faseados que incluíram uma semana intensa de ensaios no teatromosca (Cacém), um verão de concertos, e uma semana de arranjos e acertos num estúdio em Wandsworth (Londres).
Mistura de Filipe Sambado, mentora de Vaiapraia e produtora do seu primeiro EP.
A masterização é de Clara Araújo na Arda Recorders.
A capa do álbum é de ax. O grafismo do vinil é de Luís Lopes.
Os lyric videos são de Ari Sendim.

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