sexta-feira, 18 de março de 2005

BLASTED MECHANISM - PAVILHÃO JORGE ANJINHO (COIMBRA) – DIA 1/703/05


Foi um pavilhão, com a capacidade a menos de metade, aquele que recebeu na noite de quinta-feira, os Blasted Mechanism. Na bagagem a banda trazia novas fardas e os temas do seu ultimo cd "Avatara". Por isso, foi com alguma estranheza que o público viu a banda entrar em cena. Os Blasted jogaram carta forte a abrir. O single "Blasted Empire" deu as boas vindas. O corpo rendeu-se à dança. Depois parou para ver o que se seguia.
Não foi preciso muito tempo para descobrir que ao vivo os temas de "Avatara" são muito mais dançáveis. Estão muito mais vincadas todas as influências que a banda vai beber às areias do deserto do norte de África.
Com um som, por vezes bastante agressivo, não esquecer que estamos num pavilhão, os temas pareciam quase colones uns dos outros. Os ouvidos pediam clemência. De madrugada ainda sentia a música dos Blasted Mechanism a passear na cabeça.
Foi só na segunda metade do concerto que as gentes se entregaram definitivamente à dança. A culpa, de quem é a culpa, de o concerto não fluir todo ao mesmo ritmo? De ninguém, bolas! Os temas de "Avatara" ainda estão a ser descobertos, por isso é muito mais fácil entregar o nosso suor a faixas como "Are You Ready?"
No final da noite a grande conclusão se pode tirar, é de que com mais alguma rodagem, e quando a banda limar algumas arestas, vamos ter um concerto de Blasted Mechanism ao nível dos anteriores. Estamos perante meia dúzia de excelentes músicos. Pessoas que já nos brindaram com grandes noites de música. Por isso, o melhor é deixar este concerto crescer e ganhar vida. Tem pernas para andar.
O que é pena e isso tinha de o dizer, é que mesmo com o bilhete e cd a 13 euros a malta de Coimbra prefira ir beber umas cervejolas para outro lado. Que as outras cidades possam dar o devido valor a esta causa tão meritória.
Quanto a mim, fico desejoso de poder voltar a sentir a música dos Blasted Mechanism bater no corpo. Mas de forma menos violenta. Noutro espaço, mas neste planeta, apesar de a banda ser de outra galáxia. Sei que da próxima vez o concerto me vai encher as medidas.

Nuno Ávila

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