Mark Lewis (Tompkins) é um coreógrafo e encenador americano que há muito vive na Europa. Em Portugal encontrou Nuno Rebelo com quem gravou o seu primeiro disco. Para além de Nuno Rebelo fazem igualmente parte dos Standards Vitor Rua na guitarra, Alexandre Cortez no baixo e Samuel Palitos na bateria.
Estamos perante um disco pop. Neste pop as flores não brotam. Este pop é mais introspectivo. Por vezes mais melancólico. Contudo, tem alguns momentos mais coloridos, como "Tilt" onde Mark Lewis pisca o olho a David Byrne. Aliás os Talkingheads são umas das muitas influências que se encontram no disco. Estão bem visíveis na excelente recriação de "Heaven".
Influência inegável são igualmente os Tindersticks, que ajudam a pintar temas como "Something More" ou "Blind Date". Mesmo sem querer Mark Lewis, em muitos temas, molda a sua voz, fazendo com que a cor que salta da tela seja um cinzento Tindersticks.
Mark vive em Paris. França marca a sua música. A canção francesa que tão presente está em "Now Or Never" ou na versão de "Avec Le Temps" de Leo Ferré.
Já a faixa "Clean Man" traz-nos à memória JP Simões dos Belle Chase Hotel. Por seu lado "Emotional Blackmail" faz reviver o som dos Rraindogs.
A fechar o disco revisitamos o clássico "My Way" que aqui aparece travestido parecendo outra música à primeira vista.
Algumas dúvidas devem neste momento assaltar o leitor ao ler as minhas palavras. Fica-se este disco apenas pelas referências? Onde está a originalidade? Se eu já ouvi isto noutro lado para quê por este disco a rodar?
Vamos por partes. Devo dizer que este disco encanta. Tem momentos muito bem conseguidos. Por isso amigo leitor, ponha o disco a rodar e pense que hoje em dia já nada se cria tudo se transforma. E quando os mestres têm engenho e arte então é certo que a qualidade é uma estrela que brilha neste céu azul.
Estamos então perante um disco feito sem preconceitos que deve ser escutado sem preconceitos. Este é um disco leve de abertura fácil e que se consome sem provocar indigestão. Cai bem e acompanha com um bom vinho, servido em jantar a dois à luz da vela.
Por isso, deixem-se levar. Agora sonhem com uma enorme nuvem branca de algodão doce.
Estamos perante um disco pop. Neste pop as flores não brotam. Este pop é mais introspectivo. Por vezes mais melancólico. Contudo, tem alguns momentos mais coloridos, como "Tilt" onde Mark Lewis pisca o olho a David Byrne. Aliás os Talkingheads são umas das muitas influências que se encontram no disco. Estão bem visíveis na excelente recriação de "Heaven".
Influência inegável são igualmente os Tindersticks, que ajudam a pintar temas como "Something More" ou "Blind Date". Mesmo sem querer Mark Lewis, em muitos temas, molda a sua voz, fazendo com que a cor que salta da tela seja um cinzento Tindersticks.
Mark vive em Paris. França marca a sua música. A canção francesa que tão presente está em "Now Or Never" ou na versão de "Avec Le Temps" de Leo Ferré.
Já a faixa "Clean Man" traz-nos à memória JP Simões dos Belle Chase Hotel. Por seu lado "Emotional Blackmail" faz reviver o som dos Rraindogs.
A fechar o disco revisitamos o clássico "My Way" que aqui aparece travestido parecendo outra música à primeira vista.
Algumas dúvidas devem neste momento assaltar o leitor ao ler as minhas palavras. Fica-se este disco apenas pelas referências? Onde está a originalidade? Se eu já ouvi isto noutro lado para quê por este disco a rodar?
Vamos por partes. Devo dizer que este disco encanta. Tem momentos muito bem conseguidos. Por isso amigo leitor, ponha o disco a rodar e pense que hoje em dia já nada se cria tudo se transforma. E quando os mestres têm engenho e arte então é certo que a qualidade é uma estrela que brilha neste céu azul.
Estamos então perante um disco feito sem preconceitos que deve ser escutado sem preconceitos. Este é um disco leve de abertura fácil e que se consome sem provocar indigestão. Cai bem e acompanha com um bom vinho, servido em jantar a dois à luz da vela.
Por isso, deixem-se levar. Agora sonhem com uma enorme nuvem branca de algodão doce.
Nuno Ávila
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