terça-feira, 31 de janeiro de 2006

AO VIVO NA ZDB




Quinta-feira dia 2 de Fevereiro às 23h00
A_Jazzar_Sessions


Zé Eduardo Unit (PT)


Trio liderado por Zé Eduardo (contrabaixo), com Jesus Santandreu (sax tenor) e Bruno Pedroso, editou em 2004 «A Jazzar No Zeca», trabalho sobre os «motifs» melódico-líricos presentes na obra de Zeca Afonso, mesclados com improvisação de jazz, escola do hard bop, entretecida com o conhecimento do«free» como visto por Coltrane ou Steve Lacy. Celebrado docente, arranjador e músico na Península Ibérica, Zé Eduardo tem sido figura presente, há maisde 20 anos, em escolas, orquestras e workshops de jazz por Portugal e Espanha, deixando obra em todos os locais por onde passa, sempre em estadiasde vários anos e de trabalho constante.


Entrada: 6€


Veados Com Fome

Sábado dia 4 de Fevereiro às 23h00
Noite_às_Novas_Sessions

Lobster (PT)
Veados Com Fome (PT)
DOPO (PT)

Lobster
Duo nacional que começa a despontar como uma das mais intensas festas rockdo país. Com uma parede amplificadores imponente, lançam-se com guitarra e bateria em composições e improvisações de caleidoscopia matemática, onde o fulgor hiperactivo da bateria é contraposto por seis cordas electrificadas no limite da concentração. A quem procurar paralelos pode-os encontrar na histeria espasmódica dos Lightning Bolt ou Hella, com semelhante virtuosismo e fulgor. Lançaram recentemente «Fast Seafood» pela barreirense Merzbau, que pode ser sacado na íntegra (como todos os outros lançamentos do selo) sem qualquer tipode custosno link abaixo indicado. Do melhor headbacking oblíquo que este país já conheceu.


Veados Com Fome
Parece impossível, mas Santo Tirso tem bandas de jeito. Numa rara manifestação do Portugal das cidades de pequena-média escala a darem de si, os Veados ComFome têm andado a tocar principalmente pelo Norte do país, e acabam de editar o primeiro EP, num CD-R lançado pela Lovers & Lollypops (que também publicou osplit «Para o Inferno Com Eles» de Fish & Sheep e Tropa Macaca, estes últimos um alto trunfo da pandilha tirsense). O media-duração em questão, denominado «Na» (para além do mérito de incluirfaixas chamadas «Américo» e «Bufardo»), mostra uma transpiração rock acomeçar a ganhar forma própria. Nesta fase mutante, encontram-se paralismos com os Deerhoof mais escuros, um fascínio pelo reverb de tarola dos Joy Division, e porum math-rock com considerável índice de «delico doçura» (tipo Ui ou Chavezcom Explosions In The Sky). Como nota final da apresentação, assinale-se o facto da banda «linkar», na sua página oficial, a clássica «soap opera» brasileira «Malhação», verbo que parece ser parte fundamental da ética criativa do projecto.


DOPO
Banda constituída e a emitir nas redondezas da cidade do Porto, os DOPO editaram há poucos meses «Last Blues, To Be Read Someday» pela proeminente netlabel nacional testtube. No press release que acompanha esse lançamento, o jornalista José Marmeleira registou o momento como emblemático de uma nova geração de músicos, ligados a formas mais abertas, partidas, que apelidou deuma vaga de "ladrões" de música. Um "roubo" que é posto em prática pela facílima acessibilidade a que há hoje em dia a tantas formas de música, pragmatizado aqui com um carisma adquirido atravésde conhecimentos captados por 1ª e 2ª mão, ou até por osmose estética. Os DOPO, utilizando guitarras eléctricas e acústicas, bateria, melódica, pequenas percussões, harmónio e uma série de outras instrumentações acústicas, bem como electrónica orgânica de baixo custo, explanam a sua languidez em formas variáveis. Lembrando uns Boxhead Ensemble mais tribalizados, ou uns Sunburned Hand of The Man em formato introspectivo cruzados com guitarras ora de blues raptados ora tingidas pelo «shoegaze» mais ascético, encontram o seu próprio ninho ritualista. Primeira actuaçãoao vivo da banda.


Entrada: 5 euros

zdb - galeria zé dos bois
rua da barroca 59
bairro alto
1200 - lisboa
portugal
t.: 213430205

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