“Estilhaços foi um espectáculo de spoken word originalmente concebido para ser apresentado numa sessão das “Quintas de Leitura” do Teatro do Campo Alegre, no Porto, dedicada a Adolfo Luxúria Canibal.”(…) Chega agora o cd.
Como é fácil de constatar, o essencial deste registo são as palavras ditas e escritas por Adolfo Luxúria Canibal. Um tipo de escrita algo diferente daquela que Adolfo apresenta nos Mão Morta. Mas igualmente cheia de palavras corrosivas e de situações ácidas. Textos surrealistas, como só ele sabe escrever.
A forma de os dizer foge igualmente ao tipo de vocalização que Adolfo usa na sua banda. Por vezes, Adolfo utiliza alguma experimentação ao fazer saltar as palavras da boca. Mas sem nunca se perder o sentido da escrita.
A música composta por António Rafael (companheiro de Adolfo nos Mão Morta) veste da melhor maneira a escrita de Adolfo. Sons igualmente corrosivos e ácidos. A electrónica é nota dominante, numa música que se deixa igualmente envolver por um certo minimalismo e muito experimentalismo.
Depois de ouvirmos estilhaços, salta-nos á cabeça o álbum “Müller No Hotel Hessissher Hof” dos Mão Morta, onde o processo criativo segue os mesmos passos.
Estamos assim perante um registo literário de rara beleza auditiva. Uma peça única.
Não é um livro. Não é um cd. É um dois em um.
Como é fácil de constatar, o essencial deste registo são as palavras ditas e escritas por Adolfo Luxúria Canibal. Um tipo de escrita algo diferente daquela que Adolfo apresenta nos Mão Morta. Mas igualmente cheia de palavras corrosivas e de situações ácidas. Textos surrealistas, como só ele sabe escrever.
A forma de os dizer foge igualmente ao tipo de vocalização que Adolfo usa na sua banda. Por vezes, Adolfo utiliza alguma experimentação ao fazer saltar as palavras da boca. Mas sem nunca se perder o sentido da escrita.
A música composta por António Rafael (companheiro de Adolfo nos Mão Morta) veste da melhor maneira a escrita de Adolfo. Sons igualmente corrosivos e ácidos. A electrónica é nota dominante, numa música que se deixa igualmente envolver por um certo minimalismo e muito experimentalismo.
Depois de ouvirmos estilhaços, salta-nos á cabeça o álbum “Müller No Hotel Hessissher Hof” dos Mão Morta, onde o processo criativo segue os mesmos passos.
Estamos assim perante um registo literário de rara beleza auditiva. Uma peça única.
Não é um livro. Não é um cd. É um dois em um.
Nuno Ávila
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