Ao segundo disco os a Jigsaw encontram finalmente o seu caminho. Agora a direito e sem muitas curvas. O som está definido. Tem muito de folk e outro tanto de blues. Johnny Cash é a referência maior.
Em “Like The Wolf” a banda transporta para disco aquilo que tem feito enquanto trio que se adaptou à estrada de forma a mostrar “Letters From The Boatman”.
São canções com muita terra, por vezes mais intimas, outras mais desabrochadas, sempre com uma pitada acústica, mas onde o banjo e sobretudo o violino, nos fazem passear pelos sons folk americanos.
Como resultado o trio oferece-nos neste segundo disco uma dúzia de canções de fino recorte, mas que à primeira audição nos soam menos imediatas que as do primeiro disco. Como resultado temos um disco que se torna cada vez mais belo a cada audição. É um registo para se ir descobrindo, cheio de sublimes pormenores.
Se muitos há que gostam de deixar o bom vinho respirar para o sorver em suaves tragos, outros há que gostam de beber tudo de uma assentada. E são esses, os que não estão preparados para líquidos tão finos que poderão achar este registo de dificil ingestão.
Mas aqui há que dar tempo ao tempo. Deixar as músicas escorrer pelo nosso corpo.
“Like The Wolf” foi pensado. Saiu da alma. Arranjou cúmplices e tornou-se gente.
Nota maior para a participação de Becky Lee nas faixas “His Secret” e "Return To Me”, que imprime um ar ainda mais sensual à música dos a Jigsaw.
Ouvindo canção a canção com ouvidos atentos, notamos que em muito deste disco o som dos a Jigsaw está mais encorpado, muito graças a um contrabaixo e a um piano que se entrelaçam no som doce das melodias.
Miro Vaz volta a brilhar na produção e sem medo arrisca processos de registo, que se adequam na perfeição ao som pretendido pela banda.
Em “Like The Wolf” são outros os processos de criação. Houve outro pensar. Os músicos entregaram-se de outra maneira. João Rui, molda a sua voz com o intuito de a encaixar de forma sentida no restante corpo da canção. Por vezes lembra Leonard Cohen. Dedilha a guitarra com alma e faz o banjo chorar melodias. Jorri dá corpo ao som, ora nas percursões, ora no contrabaixo. Susana presenteia-nos com o seu violino mágico. Mas cada um deles não se fica por aqui, faz muito mais.
Este disco começa de forma viva, destacando-se o single “Red Pony”, depois ganha por instantes cores mais pardacentas, tornando-se mais denso, para sair lindo, como começa com a sublime “ A Little Story”. Belo coro.
Estamos assim, perante um disco forte nas convicções, trazido por um grupo que sabe o que quer e como chegar lá. Longe vão os dias das guitarras mais sónicas.
Agora é tempo de deixar o lobo uivar e de lhe fazer uma festa. As portas da floresta estão abertas.
Em “Like The Wolf” a banda transporta para disco aquilo que tem feito enquanto trio que se adaptou à estrada de forma a mostrar “Letters From The Boatman”.
São canções com muita terra, por vezes mais intimas, outras mais desabrochadas, sempre com uma pitada acústica, mas onde o banjo e sobretudo o violino, nos fazem passear pelos sons folk americanos.
Como resultado o trio oferece-nos neste segundo disco uma dúzia de canções de fino recorte, mas que à primeira audição nos soam menos imediatas que as do primeiro disco. Como resultado temos um disco que se torna cada vez mais belo a cada audição. É um registo para se ir descobrindo, cheio de sublimes pormenores.
Se muitos há que gostam de deixar o bom vinho respirar para o sorver em suaves tragos, outros há que gostam de beber tudo de uma assentada. E são esses, os que não estão preparados para líquidos tão finos que poderão achar este registo de dificil ingestão.
Mas aqui há que dar tempo ao tempo. Deixar as músicas escorrer pelo nosso corpo.
“Like The Wolf” foi pensado. Saiu da alma. Arranjou cúmplices e tornou-se gente.
Nota maior para a participação de Becky Lee nas faixas “His Secret” e "Return To Me”, que imprime um ar ainda mais sensual à música dos a Jigsaw.
Ouvindo canção a canção com ouvidos atentos, notamos que em muito deste disco o som dos a Jigsaw está mais encorpado, muito graças a um contrabaixo e a um piano que se entrelaçam no som doce das melodias.
Miro Vaz volta a brilhar na produção e sem medo arrisca processos de registo, que se adequam na perfeição ao som pretendido pela banda.
Em “Like The Wolf” são outros os processos de criação. Houve outro pensar. Os músicos entregaram-se de outra maneira. João Rui, molda a sua voz com o intuito de a encaixar de forma sentida no restante corpo da canção. Por vezes lembra Leonard Cohen. Dedilha a guitarra com alma e faz o banjo chorar melodias. Jorri dá corpo ao som, ora nas percursões, ora no contrabaixo. Susana presenteia-nos com o seu violino mágico. Mas cada um deles não se fica por aqui, faz muito mais.
Este disco começa de forma viva, destacando-se o single “Red Pony”, depois ganha por instantes cores mais pardacentas, tornando-se mais denso, para sair lindo, como começa com a sublime “ A Little Story”. Belo coro.
Estamos assim, perante um disco forte nas convicções, trazido por um grupo que sabe o que quer e como chegar lá. Longe vão os dias das guitarras mais sónicas.
Agora é tempo de deixar o lobo uivar e de lhe fazer uma festa. As portas da floresta estão abertas.
Nuno Ávila
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