Fado indie: foi assim que a imprensa brasileira decidiu rotular a música do cantautor lisboeta Azevedo Silva aquando da passagem pelo Festival El Mapa de Todos onde teve o prazer de partilhar o palco com Marcelo Camelo (ex-Los Hermanos) e os Hurtmold.
Com três lançamentos consecutivos entre 2006 e 2008 (Clarabóia, Tartaruga e Autista), Azevedo Silva fez uma paragem maior que o normal e dedicou-se ao seu novo disco, Carrossel.
Se já no passado era identificável o seu tom urbano-depressivo, nesse campo manteve-se intacto e inalterável. Se o ouvinte procura o espelho do lado realista da vida citadina, deve parar e escutar este disco. O negro das melodias e das palavras continua lá, desta vez acompanhado por vários convidados dos You Can't Win, Charlie Brown; Gaza (If Lucy Fell, Men Eater) e Filipe Paszkiewicz, entre outros. A reter também a participação de Filipe Grácio, desta vez directamente dos E.U.A.
O mercado musical alterou-se e a sua visão também. Este é um disco que com menos temas, oferece mais de Azevedo Silva. Mais pessoal, mais humano e com um tema muito especial que serve de resposta a uma canção do Foge Foge Bandido de Manel Cruz.
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