quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

ORNATOS VIOLETA EM VINIL
















A Rastilho Records, em parceria com a Universal Music Portugal, tem o prazer de anunciar as edições de "Cão!" e "O Monstro Precisa de Amigos" dos Ornatos Violeta em vinil. Nas Lojas a 6 de Fevereiro de 2012, estas são edições limitadas e numeradas a 333 exemplares. As capas de ambos os discos foram restauradas a partir dos originais, com todas as letras incluídas. Para assegurarmos a melhor qualidade sonora possível, as edições serão em Duplo-Vinil LP"12 a 45RPM.

"Cão!" e "O Monstro Precisa de Amigos" dos Ornatos Violetas foram editados originalmente em 1997 e 1999, sendo dois álbuns históricos da música portuguesa da década de 90, que influenciaram toda uma geração de novas bandas.

Com estas edições, a Rastilho aumenta o seu catálogo em vinil, tornando-se a maior editora portuguesa a editar bandas nacionais neste formato. Do seu catálogo, fazem parte nomes como Legendary Tigerman, Wraygunn, Jorge Palma, Pedro Abrunhosa, X-Wife, Dead Combo, David Fonseca, Blasted Mechanism, Linda Martini, Mão Morta, Xutos&Pontapés, entre outros.

"Do mesmo modo que ainda hoje há pessoas que esperam à beira rio que o d. Sebastião comece a tossir no meio do nevoeiro, também há em Portugal um grupo imenso de cidadãos que esperam pelo regresso dos Ornatos Violeta. De tal forma, que estou convencido que de cada vez que um deles faz o que quer que seja, desde um disco até um concerto ou um assalto a um supermercado, se há uma entrevista ou uma mínima oportunidade de estabelecer a chamada comunicação, a pergunta é sempre a mesma: “ Quando é que voltam?. E esse é que é o problema, não o facto de um dia voltarem, mas o justamente o facto de nunca terem saído. E os ornatos nunca saíram. E por mais que nos dissessem que aquele era o fim para dar inicio a outras coisas novas e outros projectos, e por mais que concordássemos e percebemos que a vida é isto, a verdade é que não concordávamos coisíssima nenhuma e por nós falo em nome dos seus admiradores  obrigaríamos a banda a tocar, ali, direitinhos, munidos todos de armas de fogo apontadas a eles, meia de vidro na cabeça para nos dar uma certo idoneidade que os bandidos devem ter e depois disto, em tom ameaçador e autoritário tal qual uma mãe que perde a paciência com o seu filho, iamos dando-lhes ordens músicais como se os obrigassemos a fazer os deveres ora façam o favor de tocar o Amor é isto!   Ora toquem imediatamente o capitão romance! Ora pouca conversa, e debitem o chaga se não se importam!.

Mas pronto, o Gandhi disse-nos sempre que devemos usar a não-violência para sermos mais fortes e eis-nos a comer folhinhas de eucalipto em cima de uma árvore como se fossemos kualas à espera que estes rapazes se resolvam. E enquanto não se resolvem, vão-se lançando coisas para imortalizar ainda mais o que foi feito. Este é o caso. É o passado deles gravado na nossa pele, são temas que já conhecemos de cor como se fosse o corpo de alguém com quem nos habituamos a dormir. São os Ornatos violeta, não os do passado, porque o passado não espera por ninguém, mas justamente os do futuro, que sei que os aguarda com frenética inquietude."

Fernando Alvim (Radialista, Antena 3)

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