Novo disco dos Moonspell em três versões diferentes. Apenas e só o registo “Alpha Noir”. Uma edição limitada que engloba o disco “Omega White”. E uma caixa luxuosa com os dois discos e um pendente. Existem ainda edições em vinil com um e com os dois álbuns.
Musicalmente, encontramos em “Alpha Noir” uns Moonspell ao seu melhor nível. A banda constrói canções poderosas, metendo nelas todos os ingredientes que sempre nos fizeram olhar para eles como uma banda que sendo portuguesa, é do mundo.
Os Moonspell continuam devotos do seu metal bastante gótico. Sem fugirem dos princípios que sempre os nortearam, mesmo sem se atirarem de cabeça a novas fórmulas criativas, a banda apresenta-nos mais um grande disco. Aliás os Moonspell são incapazes de criar obras de menor valor. Mesmo não sendo este um dos seus melhores registos, está claramente no topo da lista dos seus melhores.
Toda a componente grafia, bem como o genial clip para faixa “Lickanthrope”, onde o realizador Filipe Melo, transforma Fernando Ribeiro em lobisomem, ajudam o disco a ganhar uma singular atmosfera, onde o terror e o futurismo se misturam em doses certas.
Mas o melhor da festa está guardado para o registo”Omega Whit"e, que como o nome deixa antever é menos negro que o anterior. Aqui a banda homenageia uma série de grupos, que sempre os influenciaram de alguma forma, casos de Sisters Of Mercy ou Type O Negative. Estamos perante um disco menos pesado. Os Moonspell dão assim a escutar o seu lado mais gótico, pondo um pouco a vertente mais metálica de lado. E aqui sim, conseguem, trazer para dentro do seu universo qualquer coisa de diferente, mas que não deixa de soar a Moonspell.
Estamos assim, no computo geral perante uma obra valiosa que consegue manter os Moonspell num altíssimo patamar de qualidade criativa.
E como facilmente se comprova, não é só o fado a dar cartas alem fronteiras. O metal tem também uma importante palavra a dizer…
Nuno Ávila
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