O Abominável formou-se no Porto em 2011 por cinco elementos que dão agora corpo, força e harmonia ao álbum de estreia “Enteléquia”. O novo registo revela várias influências que se estendem além Rock e buscam por si um ser próprio.
O processo de produção, captação e mistura foi desenvolvido no estúdio O Silo e conta com as participações de Elísio Donas (Ornatos Violeta), Maze (Dealema), Nelson Graf Reis (Blackjackers) e Francisco Rua.
“Enteléquia, o nome do álbum de estreia do grupo portuense O Abominável, é muito mais que a soma das partes, neste caso as nove faixas que compõem o disco. Há um inegável efeito sinergético, resultado de uma encadeação engenhosamente planeada onde cada pormenor assume-me como sendo imprescindível para alcançar o próximo passo e o tão esperado resultado final. Tal como a água a escorrer pelo corpo, a música d’O Abominável em Enteléquia tem a facilidade de se adaptar e transformar, movendo-se suavemente em movimentos progressivos e não circulatórios.
Há nele uma mixórdia de influências. Influências que aprenderam a coexistir num universo e a compartilhar espaço transformando-se em algo próprio e paralelo. As guitarras sonhadoras, atmosféricas mas incisivas são acompanhadas por uma secção rítmica inteligente e bastante familiar com o conceito de dinamismo, não tendo medo de fazer uso dele. A cereja no topo do bolo chega em forma de palavras com declarações tão inusitadas como “Não quero que a morte seja um favor” ou “Lá em cima há quem nos queira chamar por cima de nós e bem por baixo de nós.”
A filosofia aristotélica diz-nos que enteléquia é a realização plena e completa de uma tendência, potencialidade ou finalidade natural, concluindo um processo transformativo de todo e qualquer ser animado ou inanimado do universo. É o ser em acto, isto é, plenamente realizado, em oposição ao ser em potência, exactamente aquilo que O Abominável comprovam com este trabalho de estreia.”
- Tiago Moreira (colaborador da Terrorizer, Roadie Crew, MUSIC&RIOTS, etc.)
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