“O bom rebelde está de volta!” É desta forma que nos habituámos a encerrar os textos de promoção que normalmente acompanham os novos discos de João Só. Desta vez começamos pelo fim porque efectivamente “o bom rebelde está de volta” ainda que não exactamente com um trabalho de originais mas com um disco que trará novas e menos novas canções – uma compilação que reúne os seus melhores temas, alguns inéditos e ainda novas reinterpretações de alguns dos antigos.
Estamos entusiasmados, e ele também, e temos boas razões para celebrar com um concerto-festa no Tivoli.
A expectativa do João Só é clara: “No dia 12 quero dar uma festa, uma grande festa com canções, com amigos e muita gente com quem partilhar a alegria e o nervosismo que sinto sempre que piso qualquer palco. Como uma boa festa, revêem-se os velhos amigos e somos apresentados aos novos. “
E o João vai estar muito bem acompanhado por gente como Rui Veloso, Miguel Aráujo, Lúcia Moniz, André Sardet, Nuno Rafael, Benjamim, Joana Almeirante e Nuno Markl . E com canções, grandes canções, essas que fazem o “miúdo” mexer-se desde sempre: “Sorte Grande”, “Canção de Isqueiro”, “Até ao fim”, “A Marte”, “Não é verdade”...; mas também as que se estrearão em palco como “Já lá vai”, “Coração a arder” ou o novo single “Quando te calas”.
E aqui temos uma grande novidade. Esta é uma canção de desamor. Uma das suas poucas canções de desamor. Desamor adolescente de silêncios e procuras. Desamor alimentado com desconforto e a incompreensão do outro. Um desamor “on the road” que faz seguir caminhos novos à procura da alegria e dos dias soalheiros. Um desamor que na América se poderia chamar blues, de guitarra slide que arrasta consigo uma voz cansada, enquanto desenrola um novelo de preocupações e ansiedades. Desamor no deserto, claro. Desamor num universo melancólico e “angustiado”. Desamor em tempo lento, para bateria pesada e guitarras intensas. Como uma boa canção de desamor deve ser.
Quando agora se reencontrarem com a eterna questão de Raymond Carver “De que é que falamos quando falamos de desamor”, já sabem onde encontrar a resposta. Com a produção de João Bessa.
Sem comentários:
Enviar um comentário