O quarteto lisboeta Basset Hounds voltou a amatilhar-se para compor “II”, o seu segundo registo de originais, com o selo da Pontiaq. O novo álbum é lançado hoje, dia 27 de Abril.
A banda deu os primeiros passos em 2012 quando António Vieira, entre caminhos de amizade em comum dos tempos de liceu, se junta a três novos elementos. A partir de então os Basset Hounds fazem-se ouvir, pela mão de Afonso Homem de Matos na bateria e como voz secundária, António Vieira na guitarra e também como voz secundária, José Martins no baixo e Miguel Nunes na guitarra e como voz principal.
A escolha do nome da banda – Basset Hounds – não é casual e a analogia entre antagonismos é quase directa. A aparência pachorrenta, quase soporífera da raça Basset Hounds contrasta com uma personalidade muito forte e impetuosa. De igual modo, a sonoridade da banda move-se entre o impulso e o embalo, onde as diferenças e os gostos pessoais de um colectivo composto por quatro personalidades distintas se acomodam e se moldam, democrática e espontaneamente, para criar uma linguagem muito própria.
A boa recepção, por parte do público e da crítica, ao primeiro álbum homónimo editado em finais de 2015 pela NOS Discos, abriu-lhes portas a uma tour de apresentação que marcou presença nas principais salas do circuito indie português e em alguns dos mais conhecidos festivais de música do país como o NOS Alive, o Super Bock Super Rock ou o Indie Music Fest, entre outros.
Durante o hiato de um ano dedicado à composição e a outros projectos pessoais, vão surgindo, despretensiosamente, novas canções que espelham o amadurecimento adquirido pela banda nos três anos que decorreram desde a gravação do seu álbum de estreia até à edição deste novo trabalho discográfico.
Longe de querer obedecer a um próposito, “II” cresceu lado a lado com a banda, tanto a nível pessoal como musical. A composição seguiu o ritmo do dia a dia num processo que nunca decreta a real conclusão das canções tornando-as maleáveis e permitindo que espelhem tanto o dia de inspiração para o primeiro riff de uma canção como o da gravação do seu último acorde. Mais do que revisitações de estilos ou influências, o importante no processo criativo é o que cada um traz, com o seu instrumento, num brainstorming despreocupado em se cingir a uma ideia ou rótulo.
Do antecessor traz a vontade de desvendar novos horizontes no processo de composição musical, tentando pintar os limites conhecidos com novas texturas, mantendo uma sólida componente rítmica. Sem prescindir da essência de cada melodia, o impulso foi medido e o embalo tornou-se consciencioso. A cadência do processo de criação musical culminou na incorporação de novas abordagens e influências numa fusão simultaneamente melódica e caótica, revelando um novo rumo na sonoridade que pretende transmitir. A inclusão de novos instrumentos, quer de sopro (saxofone e trompete) quer de cordas (violino), antecipa um disco que extravasa a formação clássica da banda e com uma sonoridade à vez, dolente ou vertiginosa, que se multiplica em efeitos e camadas.
“Condor” é a primeira das nove faixas que compõem o disco abrindo com uma explosão de riffs estridentes, baterias métricas e notas de sopro que ora surgem emparelhadas ora soltas e com uma identidade e força própria em jeito de “duelo” improvisado. Esta amplitude sonora, tão característica da banda, que continua a manifestar a fluidez da sua dinâmica e a coesão do seu som, é preservada em todo o álbum. O disco bebe tanto de tardes solarengas à beira da piscina como de ensaios em arrecadações cavernosas, deambulando entre texturas mais alegres e ritmadas em que o violino se junta às guitarras aéreas e aos baixos terrenos (“Thin Age”) e sonoridades mais melancólicas sustentadas pela candura e subtileza vocal (“Arta”).
O álbum está disponível para venda no Bandcamp.
O álbum foi gravado nos Blacksheep Studios por Guilherme Gonçalves e Bruno Xisto e masterizado na Arda Recording Company por Miguel Marques. O disco conta com a participação de convidados como André Isidro (teclados), David Alves (violino), Francisco Menezes (saxofone) e Luís Grade Ferreira (trompete).
Mas para quem se queira deixar siderar pelas descargas electrizantes das guitarras e perder-se em atmosferas espaciais, aqui ficam os concertos confirmados da banda até à data:
11/Maio | Freamunde: Espaço A
01/Junho | Lisboa: Casa Independente
02/Junho | Portalegre: Lounge
A banda deu os primeiros passos em 2012 quando António Vieira, entre caminhos de amizade em comum dos tempos de liceu, se junta a três novos elementos. A partir de então os Basset Hounds fazem-se ouvir, pela mão de Afonso Homem de Matos na bateria e como voz secundária, António Vieira na guitarra e também como voz secundária, José Martins no baixo e Miguel Nunes na guitarra e como voz principal.
A escolha do nome da banda – Basset Hounds – não é casual e a analogia entre antagonismos é quase directa. A aparência pachorrenta, quase soporífera da raça Basset Hounds contrasta com uma personalidade muito forte e impetuosa. De igual modo, a sonoridade da banda move-se entre o impulso e o embalo, onde as diferenças e os gostos pessoais de um colectivo composto por quatro personalidades distintas se acomodam e se moldam, democrática e espontaneamente, para criar uma linguagem muito própria.
A boa recepção, por parte do público e da crítica, ao primeiro álbum homónimo editado em finais de 2015 pela NOS Discos, abriu-lhes portas a uma tour de apresentação que marcou presença nas principais salas do circuito indie português e em alguns dos mais conhecidos festivais de música do país como o NOS Alive, o Super Bock Super Rock ou o Indie Music Fest, entre outros.
Durante o hiato de um ano dedicado à composição e a outros projectos pessoais, vão surgindo, despretensiosamente, novas canções que espelham o amadurecimento adquirido pela banda nos três anos que decorreram desde a gravação do seu álbum de estreia até à edição deste novo trabalho discográfico.
Longe de querer obedecer a um próposito, “II” cresceu lado a lado com a banda, tanto a nível pessoal como musical. A composição seguiu o ritmo do dia a dia num processo que nunca decreta a real conclusão das canções tornando-as maleáveis e permitindo que espelhem tanto o dia de inspiração para o primeiro riff de uma canção como o da gravação do seu último acorde. Mais do que revisitações de estilos ou influências, o importante no processo criativo é o que cada um traz, com o seu instrumento, num brainstorming despreocupado em se cingir a uma ideia ou rótulo.
Do antecessor traz a vontade de desvendar novos horizontes no processo de composição musical, tentando pintar os limites conhecidos com novas texturas, mantendo uma sólida componente rítmica. Sem prescindir da essência de cada melodia, o impulso foi medido e o embalo tornou-se consciencioso. A cadência do processo de criação musical culminou na incorporação de novas abordagens e influências numa fusão simultaneamente melódica e caótica, revelando um novo rumo na sonoridade que pretende transmitir. A inclusão de novos instrumentos, quer de sopro (saxofone e trompete) quer de cordas (violino), antecipa um disco que extravasa a formação clássica da banda e com uma sonoridade à vez, dolente ou vertiginosa, que se multiplica em efeitos e camadas.
“Condor” é a primeira das nove faixas que compõem o disco abrindo com uma explosão de riffs estridentes, baterias métricas e notas de sopro que ora surgem emparelhadas ora soltas e com uma identidade e força própria em jeito de “duelo” improvisado. Esta amplitude sonora, tão característica da banda, que continua a manifestar a fluidez da sua dinâmica e a coesão do seu som, é preservada em todo o álbum. O disco bebe tanto de tardes solarengas à beira da piscina como de ensaios em arrecadações cavernosas, deambulando entre texturas mais alegres e ritmadas em que o violino se junta às guitarras aéreas e aos baixos terrenos (“Thin Age”) e sonoridades mais melancólicas sustentadas pela candura e subtileza vocal (“Arta”).
O álbum está disponível para venda no Bandcamp.
O álbum foi gravado nos Blacksheep Studios por Guilherme Gonçalves e Bruno Xisto e masterizado na Arda Recording Company por Miguel Marques. O disco conta com a participação de convidados como André Isidro (teclados), David Alves (violino), Francisco Menezes (saxofone) e Luís Grade Ferreira (trompete).
Mas para quem se queira deixar siderar pelas descargas electrizantes das guitarras e perder-se em atmosferas espaciais, aqui ficam os concertos confirmados da banda até à data:
11/Maio | Freamunde: Espaço A
01/Junho | Lisboa: Casa Independente
02/Junho | Portalegre: Lounge
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