Já está disponível em todas as plataformas online +, o disco de estreia dos Cancro. O longa duração será o primeiro tomo no universo do novo projecto nascido da Haus e que junta Tiago Lopes, José Penacho (Marvel Lima e Riding Pânico) e Fábio Jevelim (Paus e Riding Pânico). Com arranque este sábado, dia 19 de Outubro no Sabotage em Lisboa, os Cancro estão já a preparar uma tour de apresentações pelo país: 22 de Novembro passam pelo Stereogum em Leiria e no dia 23 de Novembro pela SHE em Évora.
Por vezes é necessária uma bofetada de realidade, que nos desperte de um qualquer torpor em que nos vejamos inseridos. Tendemos a relaxar em demasia perante o que nos rodeia. Iludidos por falsas sensações de segurança, baixamos as armas. Cedemos à tentação do ócio e da boémia. Esquecemo-nos. Quando por fim detectamos a doença, já parece ser demasiado tarde; ela alastra-se e devora-nos. Mas para cada doença existe uma cura. No caso, uma cura com nome de doença: os Cancro, forjados no fogo de um punk sem medo de ser mal encarado pela ortodoxia, trio de palavras fortes envoltas em ácido viperino, onde a única filosofia é a da batalha. E a esperança, a última a morrer, ou não fosse este disco um chamamento ao positivo. Quando a sociedade definha por entre audiências televisivas e recortes de redes sociais, o grito quer ouvir-se tão sujo quanto estas guitarras e estas teclas – é a sujidade que nos desperta. É nela que encontramos a consciência da nossa humanidade. E
será ela, também, a mobilizar-nos.
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