Vamos ouvir e sentir o Fado com a Maria Mirra.
Este trabalho teve a colaboração de Pedro Viana e Pedro Dias na guitarra portuguesa, do Pedro Soares na viola de fado e do André Moreira no baixo.
Ao ouvirmos a Maria Mirra sentimos a emoção do Fado Antigo e percebemos porque será sempre atual.
Neste seu primeiro trabalho, canta cinco Fados tradicionais e seis musicados, que estiveram sempre presentes no seu percurso fadista.
A Maria Mirra nasceu em Alcácer e cedo começou a ter uma forte ligação á música, mas foi quando se mudou para Lisboa que não resistiu e percebeu que era no Fado que queria estar.
É um trabalho que de uma forma despretensiosa quer ser a apresentação da Maria Mirra a todos os portugueses e além-fronteiras.
Neste primeiro trabalho a Maria Mirra quer com muita modéstia e honestidade, prestar uma homenagem ao Fado, cantando os temas antigos que para além da sua fonte de aprendizagem foram também o motivo pelo qual abraçou esta arte com toda a sua alma e coração.
Antigo na tradição, mas sempre renovado na voz da Maria Mirra.
Fado Antigo porque o Fado assim o é.
Nascida em Alcácer, embalada pela calmaria da planície alentejana e pelo cante alentejano, muito cedo sentiu que a música fazia parte da sua vida.
Aos 9 anos começou a estudar música na Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba, onde para alem de estudar teoria da música aprende também a tocar saxofone.
Mais tarde começa a tocar viola e nessa altura começam as primeiras experiências ao vivo, cantando em festas e bares, tanto a solo como integrando bandas.
O fado aparece aos 24 anos no Alentejo, primeiro quase por brincadeira entre familiares e amigos e depois mais a sério, em restaurantes e em eventos públicos.
É nesse momento que percebe que é o Fado que a faz sentir-se completa, que tem que dar seguimento à sua vocação e que tem que rumar a Lisboa porque é lá que o fado reside e o local exato para aprender e crescer com fadista.
Em Lisboa, além de começar a sua busca sobre as origens, letras, histórias e todo o mais que importa para fundamentar o seu conhecimento, começam também as suas atuações em casas tradicionais e emblemáticas do fado alfacinha.
Cantou nas casas mais emblemáticas de Lisboa tais como “A Bela – Vinhos e Petiscos”, “Tasca do Chico”, “Esquina de Alfama”, “Mesa de Frades” e “Sr. Vinho” entre outros.
Em 2021 lança o seu primeiro CD intitulado “Fado Antigo”, que não é mais que um agradecimento aos antigos fadistas, letristas e compositores que pelas suas vozes e composições deixaram um espólio de valor incalculável.
Nesse CD a Maria Mirra canta com um sentimento profundo esses fados antigos que sempre a acompanham nas suas atuações.
2021 é um ano de mudança e afirmação no panorama fadista nacional.
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