quinta-feira, 25 de novembro de 2021

IT WAS THE HELF LANÇAM HOJE NOVO DISCO


 












Os nossos antepassados integram-nos desde a nascença e vão crescendo dentro de nós à medida que vamos percorrendo este caminho que é a vida. A eles devemos quase toda a essência que nos compõe e a homenagem a um tempo em que se lutava para sobreviver. Um tempo em que a dependência e a união com natureza eram o mais importante e essencial para poder lidar com as contraposições entre o medo e a esperança, o trabalho árduo e a empatia.

Ancestors junta cada partícula que compõe os bosques reflectindo sons da natureza que nos levam a dançar em perfeita comunhão, elevando-nos suavemente pelo ar para voarmos ao lado das águias.

Instrumentalmente, Ancestors é uma ode densa e hipnotizante cuja descoberta se faz por um caminho sensorial com vários estágios de harmonia, melodias e intensidade. As cordas abraçam os barulhos do bosque e a voz comanda o ritual. A bateria, por sua vez, consegue fazer-nos abraçar os tambores dos xamãs e com eles seguir viagem.

No bosque, encontramos um caleidoscópio em tons quentes que nos remete a travessias mentais cobertas de desconforto e prazer. Depois de longos minutos de um ritual mágico, acordamos ao lado da serpente que nos guiou até à fogueira onde os índios invocam os seus antepassados.

Ancestors, saiu hoje com o selo da Raging Planet e será apresentado no dia 04 de Dezembro na DRAC, na Figueira da Foz e dia 07 no Side B, em Alenquer, e em mais locais a anunciar em breve.

Na encosta da Serra da Estrela, ao redor de uma fogueira, cinco druidas decidiram juntar a sua sabedoria e criar uma poção sonora que junta todos os elementos e essências da montanha. Ao longe, avistam Elfos e decidem convidá-los a juntar-se a eles nesta criação. Os ingredientes usados para a poção são o heavy, o blues rock, o stoner, a distorção e o psicadelismo.

Quem beber este néctar oriundo do caldeirão dos It Was The Elf, consegue sentir na pele a dicotomia entre o ar quente e gélido que entra pelo nariz e pelos poros da pele e uma sensação de purificação explosiva e enigmática que provém dos pedais e de toda a harmonia que as cordas conjugam.

A música deste quarteto remete-nos para um lugar onde os pássaros cantam, o vento assobia canções de solidão e os rugidos que vêm do desconhecido ecoam pelos vales. Aqueles onde, sem saber como, nos desintegramos e passamos a constituir como um uno.

Os It Was The Elf são o Edgar Ferrão na bateria, Vasco Bicker na guitarra, Emanuel Mareco no baixo e Diogo Ferreira na voz e teclado.

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