segunda-feira, 7 de março de 2022

ANIMAL SENTIMENTAL DE MÍSIA É UMA VIAGEM PELO UNIVERSO DA ARTISTA QUE REVOLUCIONOU O FADO TRADICIONAL




















O dia 4 de março, fica marcado pelo momento em que Mísia começa a desvendar ao mundo o projeto que abraçou nos últimos meses – Animal Sentimental. Trata-se de um projeto multidisciplinar que conta, canta e realça o percurso da artista que revolucionou o Fado tradicional.

Da vida quero os sinais é o single que antecipa a chegada de um novo álbum, que será lançado pela editora alemã Galileo em abril. Este trabalho discográfico surge da vontade de Mísia acompanhar o revisitar das suas memórias com a banda sonora ideal para transportar os leitores para o seu imaginário, rico, eclético e fascinante.

Mísia não é apenas um dos mais preciosos tesouros do nosso panorama musical, é também uma das mais aventureiras e inovadoras artistas do Fado, uma voz que nunca esqueceu a tradição e que soube sempre integrar na sua obra os sinais que a vida lhe trouxe. Os sentimentos, essa inefável matéria que inspira poetas e artistas de tantas outras áreas, são tesouros que não pesam senão na alma. Mísia sabe bem disso. Esta artista mulher, fadista sonhadora, cantora atriz, contadora de histórias suas e alheias, é a primeira a admitir que é um animal sentimental. Abre agora um novo capítulo de uma carreira que se estende por três décadas e que tem amplo reconhecimento internacional – Animal Sentimental.

Um livro que será feito de episódios poéticos e momentos cómicos e sentimentais, de pequenas tragédias, de um caminho longo de vida que recua às memórias de infância e que, a partir de 1991, começou a ser fixado em discos de crescente sucesso e ambição artística. Mas por detrás deste livro está um processo de curadoria musical e é assim que nasce o álbum.

Um álbum, também este guiado pela própria Mísia em parceria com Wolf-Dieter Karwatky, premiado produtor com 50 anos de carreira que tem trabalhado com alguns dos maiores nomes da música clássica, colecionando Grammys e somando projetos de sucesso carimbados pela Deutsche Grammophon.

A cada uma das peças, Mísia entrega-se sem reservas, tomando cada canção um espelho que reflete esses tais sentimentos que a carregam e que ela mesmo carrega, denotando uma inteligência interpretativa singular, refinada por uma séria postura artística que sempre a diferenciou. Na capa, esse lado singular, captado pela pintora francesa Anne-Sophie Tschiegg, porque só uma artista consegue mostrar o rosto verdadeiro de outra artista.

E, por fim, o espetáculo de 27 de maio no Museu do Oriente, em Lisboa, produzido pela Uguru. A oportunidade para um aguardado reencontro com o público numa proposta única de visitar o fascinante universo criativo de Mísia. Neste espetáculo, a artista reúne em cima do palco, as histórias e as canções mas também os sentimentos, emoções e experiência de uma mulher que viajou o mundo, cantando-o em português e reunindo memórias únicas, nunca antes partilhadas publicamente.

Afinal, o palco é o habitat natural de qualquer animal sentimental.

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