De 1986 até hoje, tudo mudou... para ficar cada vez mais na mesma.
PESTE & SIDA, 36 anos no lombo, um álbum novo, grito contra as novas pragas que se vieram juntar às de sempre: NÃO HÁ PÃO, mas há Rock'n'Roll!
A estupidificação alimentada pelas redes sociais e amplificada pelos "merdia" (ou será viceversa?) é combustível para o incêndio contemporâneo. Quando a luta pela sobrevivência é a única pinga do quotidiano, está na hora de beber de outras fontes. Diz a iliteracia popular que "em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão". É bem capaz de não ser assim: se NÃO HÁ PÃO, é porque alguém lá fora nos anda a ficar com a farinha toda. NÃO HÁ PÃO para malucos, e os "malucos" estão fartos de não ter o dito.
Banda sonora da acção e da reacção contra o desgoverno que deixa as classes mais desfavorecidas à mercê das vontades dos anafados do costume, NÃO HÁ PÃO traz 10 chapadas musicais a serem devidamente distribuídas pelos focinhos das elites vampirescas, e celebradas pela comunidade PESTE & SIDA, círculo de amigos de ontem, de hoje e de amanhã.
O álbum foi co-produzido por Emanuel Ramalho, histórico do pop-rock tuga (Faíscas, Corpo Diplomático, Street Kids, Rádio Macau, Delfins e muitas outras bandas). Tendo já produzido o LP "Portem-se Bem e o Maxi single "Reggae Sida" (1989), o LP "Eles Andam Aí" (1992), o LP "Não Há Crise", e o registo "Ao Vivo no RCA" (2015), o Emanuel tem uma percepção objectiva de quem são e de como querem soar os Peste & Sida. As gravações tiveram início em Dezembro de 2021 com a captação das baterias na sala de ensaio na Arruda-dos-Vinhos; baixos, guitarras, vozes e metais foram gravados ao longo do ano 2022 no estúdio "Aqui Há Gato", com a pandemia a condicionar datas mas os Peste a serem mais teimosos que a Covid.
NÃO HÁ PÃO é luta e é festa, para a qual foram convidados músicos com fortes laços de amizade com a banda. Juntam-se à pândega Freddy Locks e Johnnie Simbiose, com quem João San Payo e Ricardo Barriga partilham palco nos Rosa Sparks. Presentes estão também o trompetista Ricardo Pinto e o saxofonista Gonçalo Prazeres, sendo que este último vai dirigir o reforço da banda com uma dupla de saxofones em palco.
O grafismo do álbum é da autoria da Inês San Payo, linguagem de uma nova geração a trazer frescura aos maduros, e as fotos são fruto do profissonalão Jorge Buco, amigo e cúmplice de longa data.
ÃO HÁ PÃO é uma edição de autor, e será distribuído pela Amazing Records em formato CD em Novembro de 2022, e em formato vinil no início de 2023. Tem punk, tem ska, tem a sonoridade familiar e novos territórios a serem explorados; tem homenagens e versões de José Afonso, NZZN, Rock & Varius e Sílvio César. Traz força renovada, porque isto da P.D.I. toca a todos mas resvala em alguns. Há apelo à participação, porque juntos vamos mais longe, sempre onde não nos querem.
Os Peste & Sida irão para a estrada agenciados pela Amazing Artists Agency. Encontramo-nos na luta. Ei tu, vem daí!
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