sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

NOVO DISCO DE BRUNO DE ALMEIDA A CAMINHO





















O segundo volume da trilogia Cinema Imaginado, o projecto de Bruno de Almeida surgido há menos de um ano, chega às lojas a 27 de Janeiro. “É um álbum mais experimentalista, mais intenso e que exige mais do ouvinte”, diz o compositor e cineasta. Com ele regressam músicos extraordinários como Graham Haynes (corneta, fliscorne, electrónicas), Ricardo Toscano (saxofone) ou Mário Franco (baixo e contrabaixo), entre uma vintena de colaboradores, e junta-se o guitarrista Tó Trips.

Em 2022, o volume 1 – que este mês é reeditado em vinil, em simultâneo com o lançamento do volume 2 em CD e plataformas digitais – gerou de imediato um culto de conhecedores e transformou-se num sucesso nas rádios independentes e programas de jazz. Tiago Santos, da Oxigénio, classificou-o como “uma das grandes surpresas do ano”. Manuel Falcão, fundador do Blitz, escreveu: “Fechamos os olhos e parece uma banda sonora, as imagens começam a desfilar. Fascinante” (Jornal de Negócios). Rui Miguel Abreu, na revista do Expresso, deu a pontuação máxima de quatro estrelas.

O novo capítulo de Cinema Imaginado expande o imaginário original, de fundo nova-iorquino, pleno de noir e cosmopolitismo duro dos anos 70 e 80, centrado num “protagonista flâneur que se deixa arrastar para situações que não controla”, explica Bruno de Almeida. “Mas desta vez a ideia fílmica do disco é labiríntica e operática: os temas trazem personagens secundárias motivadoras de novos espaços sónicos. Há menos ‘diálogo’, menos voz, e mais sensações.”

Cinema Imaginado – Vol. 2 é arriscado. “Mesmo quando acontece o funk, o hip hop, o acid jazz, ou até um cowboy-fado-western rock, ou concepções classicizantes, a minha trajectória é cada vez mais fugir do consciente, do referencial.” Isto é: “Sair do que já sei”. O trabalho é um “trampolim” para o volume 3, já em produção e desenhado para um experimentalismo avançado, onde a electrónica, como agora, é explorada com ousadia.

No elenco real do volume 2 também estão os pianos de Luís Figueiredo e Óscar Graça e as baterias de André Sousa Machado e Alexandre Frazão. Bruno de Almeida convoca outra vez um grupo notável de músicos portugueses e estrangeiros. O culto de Cinema Imaginado expande-se.

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