2023 é o ano do grande regresso dos Micro Audio Waves aos trabalhos de originais.
“Liquid Luck” é o single que antecede a edição de Glimmer, o 5.º álbum de originais de uma das bandas mais influentes e inovadoras da cena electrónica nacional.
É assim que, passados 14 anos da última edição, surgem Cláudia Efe (voz), Flak (guitarra), C. Morgado (teclados e programações) e Francisco Rebelo (baixo): influentes, inovadores e sempre com uma forte marca de futuro a pontuar cada trabalho.
Com edição marcada para o primeiro trimestre de 2024, Glimmer - tal como o significado da palavra - é um objecto artístico múltiplo, indefinido, brilhante.
Mais que um disco, é um espectáculo multimédia construído com a cumplicidade do coreógrafo Rui Horta, que abre o palco à banda e à bailarina e coreógrafa Gaya de Medeiros, aos figurinos da criadora Constança Entrudo. Tudo isto em diálogo com a multimédia interactiva de Guilherme Martins e a vídeo-art de Stella Horta.
A fórmula iniciada no anterior Zoetrope (2009) é agora refinada e revela-se como o playground perfeito para dar azo à electrónica pop, rock, experimental - e com muitos outros elementos sem nome, mas com emoção -, matéria de que é feita a música dos Micro Audio Waves.
Foi com grande estrondo que os Micro Audio Waves se deram a conhecer na viragem do século, e desde logo afirmaram ao que vinham: explorar o potencial futurista, minimalista e experimental da música electrónica.
Originalmente com Flak e C. Morgado, estrearam-se com o exploratório disco homónimo, em 2002. Dois anos volvidos, com a entrada de Cláudia Efe na voz, mantêm os elementos experimentais característicos mas abrem-se à composição de temas mais próximos do formato clássico “canção”. “No Waves” é então o álbum que consolida essa nova sonoridade dos Micro Audio Waves. Com este trabalho, à crítica nacional e ao airplay do tema “Fully Connected” [as ondas hertzianas nunca mais foram as mesmas desde que a distinta e quente voz de Efe nos levou por aquele manual de instruções), junta-se a crítica internacional com o grande nome da BBC Radio One John Peel a tecer largos elogios à banda que acaba, também, por receber os prestigiados Qwartz Electronic Music Awards - promovidos pelo incontornável compositor francês Pierre Henry e o Le Monde - para Melhor Álbum de Electrónica e Melhor Videoclipe.
Com o terceiro álbum “Odd Size Baggage”, em 2007, já com os power chords de Francisco Rebelo no baixo, continuaram a cruzar territórios artísticos e estilos musicais com a sua electrónica a reagir naturalmente em canções pop, dub, synth e ciber-pop. O tema “Long Tongue” é distinguido com o Qwartz Award na categoria de ""Melhor Música".
Em 2009, “Zoetrope” marca um salto quântico no percurso da banda com o abraço aberto dado a outras expressões artísticas. O disco resulta ao vivo não em concerto mas em espectáculo multimédia, com coreografia de Rui Horta - um dos nomes maiores da dança nacional - e é posteriormente editado em DVD.
É essa fórmula e colaboração feliz que é agora revisitada em Glimmer, que tem estreia marcada para o início de Fevereiro de 2024, na cidade de Aveiro, e que segue depois para Ourém, Caldas da Rainha, Viseu e Guimarães.
Glimmer dos Micro Audio Waves e Rui Horta é uma co-produção do Teatro Aveirense, São Luiz Teatro Municipal, Centro Cultural Vila Flor, Casa da Música, Teatro Municipal de Ourém, CCC Caldas da Rainha, Cine-Teatro Curvo Semedo e Teatro Viriato.
Mas enquanto não podemos testemunhar in loco a inebriante viagem da mente e do corpo que os Micro Audio Waves estão a preparar, “Let your heart journey in simplicity / Let your heart journey”. Ou seja, desfrute-se de “Liquid Luck”, tema que é a porta de entrada para o novo e interminável turbilhão de música e emoção da banda que nunca deixou de questionar a humanidade da evolução tecnológica.
Para assinalar o regresso, pela primeira vez, os Micro Audio Waves disponibilizam todo o seu catálogo nas principais plataformas de streaming.
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