João Coração. Créditos: Tanya Nekrasova.
João Coração edita o seu primeiro disco longa-duração em 15 anos, "Soberana" é uma reflexão sobre amor e uma edição Cuca Monga que conta já com vários singles cá fora como "Miúda", "Amor e Verão" e o mais recente "Heroína".
Quem conhece João Coração sabe que ele é um ser de contradições, sonhador e fazedor, confortável com um intimismo para muitos desconcertante, ele descalça-se para entrar e convida quem o ouve a fazer o mesmo. As suas letras navegam os altos e baixos da existência e os protagonistas das suas canções estão em luta constante: o amor de um lado e o medo do outro. Quem ganha essa luta depende de quem ouve.
"Soberana" é o nome do disco e o conceito é comum a todo o álbum, todas as canções são sobre uma só mulher, a mulher “soberana”. Reflexões em primeira pessoa sobre até onde é possível acreditar e esperar pelo grande amor. No disco há tempo para acreditar, duvidar, desesperar e tornar a acreditar.
O álbum vai-se construindo no contraste entre os estereótipos de um romantismo quase arcaico, com a poética desenquadrada dos cânones das relações rápidas de hoje, entrosado com constantes referências aos desafios da vida quotidiana e agitada de um jovem de Lisboa. "Exploro estas ricas contradições e exponho as incertezas das relações modernas, onde o imediato e a efemeridade coexistem com o desejo profundo de conexão e estabilidade. Enquanto navegamos por um mar infinito de distrações, 'Soberana' tenta expor algumas subtilezas que não ouvimos na correria do dia a dia entre Marvila e a Caparica", refere João Coração.
Durante o processo de criação deste disco, surgiram mais de 30 canções, todas elas dentro da exploração deste mesmo conceito de amor. Desses temas, 10 deles são agora editados com o lançamento de "Soberana" pela Cuca Monga.
O disco conta com participações e trabalho de um elenco de luxo: a banda de sonho com Tony Love (Lena D’Água, Joana Espadinha, Benjamim, Margarida Campelo), Salvador Seabra (Capitão Fausto), Domingos Coimbra (Capitão Fausto), Jonatas Pires (Samuel Úria, Pontos Negros) e Velhote do Carmo. Há duetos com Márcia e a Marta Falcão. As misturas e masterização a cargo de João Bessa (Pedro Abrunhosa, Miguel Araújo, Deolinda e Ana Bacalhau), assim como Tiago de Sousa (Salvador Seabra, Camané, Deolinda, Maria João, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Amor Electro, Mafalda Veiga, Sérgio Godinho) e um suporte à gravação de Manuel San Payo (Capitão Fausto).
O primeiro concerto de apresentação de "Soberana" acontece já a 8 de novembro no Musicbox em Lisboa, uma noite que promete introduzir-nos a este universo de amor e desamor de João Coração e que conta com vários convidados surpresa a anunciar em breve.
Quem é João Coração?
Numa vida passada fez dois discos que são tão diferentes quanto iguais. Diferentes porque um é a noite e o outro é o dia. Iguais porque ambos foram gravados de forma impetuosa e crua. João Coração das duas vezes convidou os seus amigos para uma casa repleta de instrumentos onde gravaram as suas canções ao vivo, sem ensaios prévios. Foi como havia de ser e encontrou o que procurava: verdade, crueza, realismo e todas as arestas por limar.
Em 2024 ressurge com um disco pela Cuca Monga (editora dos Capitão Fausto e Ganso) que testemunha a sua evolução pessoal e criativa. À medida que mergulha nas profundezas da sua existência, explora novos espectros sonoros. As canções surgem como as anteriores, de assalto, sem aviso, mas o processo de gravação é outro, mais ponderado e polido. Pela primeira vez em estúdio, com arranjos desenhados à priori e interpretados por uma banda de sonho. Sempre fiel à sua poesia, João Coração explora atmosferas novas, magnéticas e intrigantes.
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