DFECLINE AND FALL NA PRIMEIRA PARTE DE YOUNG GODS

© Paulo Romão Brás

O primeiro álbum dos Decline and Fall, "Scars and Ashes" conhece agora um novo formato, CD, acompanhado de um tema extra, “Serum 114”. Num mundo cada vez mais indiferente à violência e ao ódio, “Serum 114” surge como um grito de revolta perante as imagens que nos entram diariamente pelos olhos. A Alex, em “A Laranja Mecânica”, injectam uma droga chamada Serum 114 e fixam-lhe as pálpebras para ser obrigado a vê-las. Nós já não precisamos de qualquer droga ou fixação. Vemos fome, discursos de ódio e morte intercalada com vídeos de receitas culinárias, publicidade, ou vídeos de gatos e danças coreografadas. “Serum 114” passa a estar disponível também, a partir de hoje, em todas as plataformas digitais.

Os Decline and Fall vão fazer a 1ª parte das datas portuguesas da "Appear Disappear Tour 2025" dos lendários The Young Gods, já na próxima semana: dia 24 no Hard Club (Porto) e dia 25 no Lisboa ao Vivo (LAV). Bilhetes já à venda em symbiose.bol.

Os Decline and Fall são hoje o principal foco criativo de Armando Teixeira, músico que teve em Balla a sua encarnação mais duradoura, mas que foi também um pioneiro do EBM em Portugal, ainda nos anos 80, com os Ik Mux; depois do rock industrial, com os Bizarra Locomotiva; e fez parte dos Da Weasel por já dominar, na altura, a arte e técnica do sampling. Frequentemente requisitado para a realização de bandas-sonoras, já venceu três Prémios Sophia nessa qualidade, podemos ouvir criações sonoras suas em diversas séries e filmes portugueses.

Os Decline and Fall, que seguem uma linha próxima do post-punk e da darkwave, ainda que não se deixando enclausurar por qualquer amarra estilística, completam-se com Hugo Santos que, ao longo de duas décadas, tem explorado o peso e a intensidade rítmica, punitivamente repetitiva e catártica, como forma privilegiada de expressão nos Process of Guilt, encontrando nos Decline and Fall um veículo criativo para outras sensibilidades musicais; e ainda Ricardo S. Amorim, autor dos livros “Culto Eléctrico” e “Lobos Que Foram Homens – A História dos MOONSPELL”, que verte em palavras as emoções que estes temas procuram transmitir