domingo, 18 de setembro de 2005

Orgasmo - “Z” - (Som Livre/Blitz/Vida Records)


Música especial. Música espacial. Canções perfeitas para a banda sonora de um filme de ficção cientifica.
São ao todo 10 temas de um rock bastante atmosférico. Um conjunto de canções pouco comparáveis. À memória apenas nos vem o som dos Slamo. A culpa é do Tobel que empresta a sua voz à maioria dos temas. Eunice a poderosa voz dos extintos Carbon H é outra das grandes valias deste disco.
O grande trunfo deste conjunto de músicas reside na sua originalidade. Sons que vivem muito para lá deste planeta, instalando-se numa outra galáxia. São músicas com um poder bruto, que se acorrentam ao nosso corpo.
O rock (“Nova”) funde-se com a electrónica (“Wormhole 074.9”) e com o experimental (“A Moment”). Doses perfeitas são servidas em copos com cores fluorescentes. Sai tudo da mesma garrafa. As gotas juntam-se para nos embriagar o espírito.
Para além do som a imagem. Hugo Santos “desenha” todo o imaginário dos Orgasmo, fazendo deste um disco para ouver.
Por isso, entrem sem medo nesta nave, em forma de espermatezóide e deixem-se levar num céu carregado de estrelas. Mas cuidado, pois esta música alucina. Não batam em nenhuma rocha lunar.
Quando aterrarem em segurança, tentem perceber sem medo todo o poder que emana de cada uma das canções de “Z”.
E saibam por fim que chegaram finalmente a “Z” um planeta distante. Não pensem em voltar à terra. Para quê?! Aqui o mundo é muito mas saudável. E dá prazer como num orgasmo.


Nuno Ávila

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