quarta-feira, 23 de maio de 2012

PIERRE ARDENE COM JORGE PALMA



















Pierre Aderne faz parte de uma nova geração de músicos e compositores brasileiros da qual fazem parte nomes como Edu Krieger, Rodrigo Maranhão ou Seu Jorge e leva já quatro álbuns editados: três a solo "Casa de praia", "Alto mar", "Água Doce" e o coletivo "Doces Cariocas" .

Desde 2004, data do seu primeiro concerto em Portugal no palco do antigo B.leza, que este carioca, nascido em França e filho de pai português e de mãe brasileira, não parou de tocar em terras lusas . Desde aí que tem colaborado com inúmeros músicos nacionais, tendo assinado um dueto com Cuca Roseta ("Fado dos barcos", tema da última novela da TV Globo Aquele Beijo) e a autoria de dois temas para António Zambujo: "Guia" - título do álbum passado - e "Náu-Frágil" pro novo álbum.

Em Outubro de 2011, Pierre Aderne resolve fixar-se em Lisboa para filmar um projeto que explora as relações entre a musica brasileira, portuguesa e africana, do qual resultará um documentário e uma série para TV brasileira e portuguesa, além de um novo disco de originais em que conta com a colaboração de vários artistas portugueses, cabo-verdianos e alguns dos seus companheiros de pátria.

“Eu preciso mentir que te amo” é o tema de apresentação desse disco que certamente irá dar muito que falar. Um dueto desconcertante com Jorge Palma. É o próprio Pierre Aderne que nos fala deste marcante registo:

“Conhecendo de perto e entendendo a genialidade e o humor peculiar da música de Palma, me veio à cabeça, o poema "eu preciso mentir que te amo", imediatamente depois de escrever, resolvi mandar pro Jorge, numa dessas madrugadas por SMS… dias depois, ele veio com essa joia de melodia: mão e luva! douro e uva!

Percebi depois, que o tema falava de uma profunda solidão coletiva, em um mundo de amores rasos, onde se vive uma epidemia do conceito "cama cheia coração vazio".

Por outro lado, traz à tona o humor do amor, o amor inventado, que deixando de lado a brincadeira do título, também encontramos um contrato de versos na condição ambígua do amor, que ao mesmo tempo pode fazer bem e mal… com a imagem final de que esse contrato vence todos os dias às 5 da tarde (na hora de Garcia Lorca)… renovar esse contrato, é uma opção… dos amantes.”

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