Quando o Cante Alentejano estava para ser património imaterial da Humanidade, a convite do João Gil um grupo de músicos reuniu-se para um concerto em Serpa de apoio a esta acção. A esse grupo chamei "TaisQuais". Com raízes e ligações ao Alentejo, o grupo de músicos inventou uma identidade própria e propôs-se a continuar a descobrir e a compor temas dentro de uma matriz popular sujeita às características de cada um, já que provinham de áreas musicais distintas. A essa primeira aventura discográfica deram o nome "Os Fabulosos Tais Quais". Tendo atingido o galardão de Disco de Ouro, esse primeiro trabalho foi seguido de alguns concertos de marcação complicada pelas agendas de cada um, mas sempre com uma aceitação e um sucesso difíceis de descrever. É certo que um novo conceito de espectáculo foi criado pelos Tais Quais: canções populares, canções tradicionais, adaptações modernas, contos, piadas, cante.. numa interacção com o público enorme e uma sensação de satisfação e felicidade partilhada por todos. Desse tempo veio o segundo registo, este gravado ao vivo no Tivoli.
Mas o tempo foge, a vida também...
Corria o ano de 2018 quando os Tais Quais combinam novos encontros. Desta vez o desafio lançado foi o do trabalho de composição em conjunto, novas parcerias e novas autorias poderiam dar canções novas. E assim foi, começando com três ou quatro temas, conseguiram marcar uma mini residência no Teatro Villaret; com essa oportunidade veio a energia e a confiança para a concretização deste trabalho, um ano após essas sessões no Villaret.
Assim aparecem "As Novas Aventuras dos Tais Quais". Neste trabalho, todos são autores, todos trabalharam para criar um lote de canções novas e frescas, resultados improváveis de parcerias nunca dantes experimentadas.
Falta lembrar quem são afinal os Tais Quais, grupo etéreo e cujo objectivo é a sublime arte do entretenimento:
-Sebastião Santos, voz e bateria, compôs a "Moda do Raspa-Tabuas" com letra do Vitorino
-Vicente Palma. voz e piano, compôs "Na minha eira" com letra da Celina
-Celina da Piedade, voz e acordeão, escreveu "Na minha eira" e trouxe a a moda popular "Penteei o meu cabelo"
-Antonio Jorge Serafim, voz, escreveu "Filhos e netos" que o Paulo musicou, bem como os textos de enquadramento que se ouvem pelo disco.
-Paulo Ribeiro, voz, compôs "Filhos e netos", escreveu a "Moda dos Enjeitados" que o Tim musicou e apresentou um original seu de Cante com poema de Manuel da Fonseca
-João Gil, voz e guitarra, compôs "Até amanhã" para uma letra do Vitorino, "Menina dessa janela" e "Havemos de nos ver um dia" para as quais o Tim escreveu as letras
-Vitorino Salomé, voz, autor das "Saias dos TaisQuais", do "Tangomarcha da felicidade" e das letras da "Moda do Raspa-Tábuas" e "Até amanhã"
-Tim, voz, baixo e campaniça, compôs o tema "Moda dos enjeitados" para uma letra do Paulo, escreveu as letras da "Menina dessa janela", "Havemos de nos ver um dia" e as quadras da "Menina Florentina", produziu este trabalho e escrevinhou estas linhas...
Havemos de nos ver um dia!”
Abraços Tim
Sem comentários:
Enviar um comentário