sexta-feira, 25 de outubro de 2019

JOSÉ CAMILO COM NOVO SINGLE














Novo álbum "Subterrâneo" com lançamento previsto para dia 15 de Novembro
Concerto de Apresentação dia 18 de Novembro no Sabotage

"Até Tenho Amigos Que São" é o mais recente single de José Camilo.

O tema é o segundo retirado de "Subterrâneo" e é precedido de “Piruetas de Glória”.

"Até Tenho Amigos Que São" cruza o ritmo africano do kuduro com rock e hip-hop e mostra o porquê de José Camilo ser considerado por muitos como a nova promessa da FlorCaveira, editora responsável pelo nascimento de bandas como Diabo na Cruz, D'alva, Bfachada ou Samuel Úria.

Maldição será, certamente, para quem se assuste com palavras que fazem questão de ser elas a montar o ritmo rápido da batida, e não o contrário. Há até quem chame José Camilo um punkautor.

Os discos de José Camilo são fundamentalmente o registo sonoro continuado das suas insistências, teimosias e, nos seus melhores momentos, pragas rogadas aos ouvintes (como esquecer “Cala-te e Sangra”?).

É a partir deste tom agreste que nos fulmina agora com “Subterrâneo”, um disco devotado à nobre e esquecida arte de confiar mais nos desastres do que nas delícias. Afinal, cantará “Mãe, consigo sentir os anos a fugirem-me das mãos”. E mais.

Não há alternativa à história já antes vivida”, rappa em “Não Há Alternativa”, segunda faixa após a speedada entrada com “Piruetas de Glória”, como se fosse um Carlão com um segredo que o impede das boas disposições dos Da Weasel,

aqui bem evocados. “Quem não pode, não promete; quem nunca soube, não esquece”, acrescenta à terceira canção (“Até Tenho Amigos Que São”),

num queixume incessante que nos recorda que o bom rock português que tivemos na década de oitenta sabia que a melhor cena era aquela em que alguém desmancha prazeres.

Em “O Rio”, anuncia que “Agora que gelas o rio o barco não pode passar”, e de esperanças vãs o disco fica definitivamente vacinado – quando ainda há outra metade de apocalipse sonoro para anunciar!

Num cenário que nos soa familiar, junto às margens das águas, talvez não seja exagerado confessar que, com tantas caravelas em regressos gloriosos à pátria,

já nos fazia falta um álbum novo de um genuíno velho do Restelo. José Camilo é homem para isso.” - Tiago Guillul
  

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