quarta-feira, 27 de maio de 2020

BIRDS ARE INDIE E JP SIMÕES AO VIVO










10 anos é muito tempo, principalmente para uma banda que começou sem (se) dar conta. Por incrível que (lhes) pareça, em 2020 os Birds Are Indie assinalam este aniversário redondo com o lançamento de "Migrations - The travel diaries", em duas edições distintas, uma em CD e outra em vinyl. Ambos os formatos contarão com a revisita de 5 canções da sua discografia anterior, reinterpretadas e regravadas. Mas como a música lhes parece surgir naturalmente, haverá também lugar para mais 10 faixas novas, estando 5 delas no CD (a editar em Abril) e outras 5 no vinyl (com saída em Setembro), tudo pela mão da Lux Records.

 Com mistura e masterização de João Rui -- que no estúdio conimbricense Blue House trabalhou em discos de bandas como a Jigsaw, From Atomic, Raquel Ralha & Pedro Renato e Wipeout Beat -- todas as faixas tiveram a participação no baixo e algumas teclas do convidado especial Jorri (a Jigsaw), que também colaborou na gravação. Liderar esse processo, como habitualmente, ficou a cargo de um elemento da banda, Henrique Toscano, e o mesmo aconteceu com o artwork e o design, feitos pela mão da Joana Corker.

 É conhecida e vincada a geografia musical deste trio de Coimbra: o seu ninho foi construído em forma de bedroom pop, com a folk pelo meio, numa postura DIY minimalista, própria dos primeiros voos, tal como aconteceu com Belle and Sebastian, Yo La Tengo, Moldy Peaches ou Juan Wauters. Com o tempo, as asas da sua pop foram crescendo e aproximaram-se do rock que lhes foi ensinado por nomes como Lou Reed, Dean Wareham, Black Francis e Stephen Malkmus.
Ao longo destes 10 anos de história(s), os Birds Are Indie acumularam diversas viagens, umas físicas e outras sonoras. Se muitas vezes se aventuraram à descoberta, noutras preferiram voltar ao ponto de partida. Com dificuldade em estar muito tempo no mesmo lugar, foram migrando entre conforto e desprendimento, atravessando latitudes bem conhecidas e meridianos algo esquecidos.
Em "Migrations" está muito presente a ideia de ida e regresso, seja porque o disco vagueia entre diferentes períodos na vida musical e pessoal de Ricardo Jerónimo, Joana Corker e Henrique Toscano, seja porque o mote para as letras que o compõem é a sua própria inquietude, ora desamparada, ora desafiante. No fundo, quem vive entre o aqui e o ali, prefere é estar além, como a mestria de Variações tão bem sintetizou.

 E assim, entre começos e (a)fins, 10 anos depois, inicia-se mais uma viagem...
 
Cantor, compositor, letrista, contista e dramaturgo, JP Simões edita álbuns desde 1995, com Pop Dell’Arte, Belle Chase Hotel, Quinteto Tati e a solo ou em colaboração com outros compositores. O seu último álbum em nome próprio, Roma, foi editado em 2013 e mereceu uma longa digressão nacional e internacional. E, em finais de 2016, lançou “Tremble Like a Flower”, em nome do seu alter-ego “Bloom”:

“JP Simões reinventa-se, mudando tudo: nome, língua, referências. O produto final é de uma beleza perturbadora que nos causa arrepios.” (Revista Altamont)

Depois da participação no Festival da Canção de 2018 com "Alvoroço", que venceu o prémio de melhor tema de música popular na Gala Prémio Autores 2019 da Sociedade Portuguesa de Autores, JP Simões voltou para a estrada para apresentar, de norte a sul, um espectáculo com reportório que atravessa diferentes fases e facetas da sua carreira.

Os concertos são exclusivos para membros, e visionados através de um grupo fechado no Facebook. Após a Pandemia, o objectivo é que os concertos passem para as salas, ao vivo.

A adesão a esta plataforma é feita através de www.patreon.com/musicadacasa

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