Clássica, o segundo álbum discográfico de Ana Brissos é uma viagem sensorial aos grandes clássicos da história da música, revelando a essência lírica de uma voz doce, angelical e única, com a interpretação desde temas operáticos, a musicais e clássicos do cinema, como o Avé Maria de Schubert, o Fantasma de Ópera de Andrew Lloyd Webber, ou o Cinema Paradiso de Ennio Morricone.
Num total de treze temas de compositores clássicos, com arranjos originais para piano e quinteto de cordas do Maestro e pianista Mário Rui Teixeira, são interpretados temas intemporais, conhecidos pela sua beleza, simplicidade e intensidade, como que numa suave e simultaneamente grandiosa declaração de amor à Música, à Arte, à nossa Cultura.
Projeto realizado no âmbito do Programa Garantir Cultura, tendo como Parceiro Institucional a República Portuguesa – Ministério da Cultura e o apoio da Antena 2, conta com a colaboração de talentos da música como Carolina Costa, Bruno Gomes, Ana Sanches, Kátia Santandreu, Filipa Gonçalves, Renato Andrade, Rogério Nunes e Bruno Miguel Ramos, e ainda a participação especial do Coro Laudate.
«Mais que Paixão… É Amor.» (Ana Brissos)
"Clássica de Ana Brissos
Há sons que remontam a momentos, períodos da nossa vida que, não nos recordando bem das circunstâncias, nos marcaram de forma tão indelével, que não mais nos abandonaram.
Os temas do álbum Clássica, na voz da Ana Brissos, repassam exactamente este sentimento de recordação, de momentos indeléveis em nós, mas simultaneamente recordações que se saboreiam a novas na nossa mente, como que imagens reflectidas num espelho – somos nós naquela imagem, mas não somos o eu que éramos da última vez que olhámos – ou até – não somos mais aquela criança que ouviu esta música, que se reviu, sentimento a sentimento, naqueles sons. Passamos também a ser outros, novos – como a música, reconhecida como a original, também já não o é – é uma nova apropriação, intimamente nossa, onde a voz e o espírito da Ana também se encontram imbuídos.
Há uma elegância sublime na Ana que não se traduz só na sua voz, como na sua própria presença, uma leveza quase etérea que lhe é transversal – na sua derradeira versão, na interpretação individualista, intimista e simultaneamente grandiosa, destes temas eternos da história da música.
A voz da Ana Brissos na sua interpretação destes clássicos, além das reminiscências óbvias que nos traz, faz igualmente, não só um contraste único (e individualista) com as versões originais, como confere uma unicidade nova aos temas, reconstruindo-os como seus – e assim também nossos, na nova apropriação que deles fazemos.
A forma cuidada e singular como a reinterpretação dos arranjos musicais também se adaptam à individualidade da versão vocal da Ana potencia toda a ambiência etérea – e eterna – do momento musical, reconstruindo a história que a sua voz nos conta, num percurso único que deve ser ouvido – apreciado e acarinhado.
Nuno de Sousa (Escritor)"
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